Dentro de um grupo considerado como difícil, com equipes campeãs da Copa Libertadores, o Bahia entrou como um hóspede indesejado. Na noite desta quinta-feira (24), o Esquadrão confirmou que não entrou na competição para “passear” ao superar o Atlético Nacional, da Colômbia, por 1×0 e disparar na liderança do Grupo F. Willian José foi o responsável por marcar o gol tricolor.
Apesar da intensidade mostrada por ambas as equipes nos primeiros 45 minutos, nenhum dos ataques conseguiu ser eficiente para tirar o zero do placar. A emoção, no entanto, ficou para a etapa final. Willian José saiu do banco para explorar o espaço na marcação colombiana e incendiar a Fonte Nova.
O próximo compromisso do Bahia na temporada ocorre no próximo domingo (27), quando viaja a São Paulo para enfrentar o Palmeiras, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30.
O JOGO
Quando o apito soou pela primeira vez na Arena Fonte Nova, tanto baiano quanto colombianos sabiam do peso que o confronto tinha. Quem ganhasse iria disparar na liderança do grupo F. Com esse objetivo em mente, o início da partida traduziu o sentimento de ansiedade pela oportunidade, já que o ritmo frenético do jogo animou os torcedores tricolores presentes no estádio.
Com domínio da posse de bola, o Esquadrão pressionou os adversários desde o primeiro minuto. Apesar da postura de valorização do jogo apoiado, os comandados de Rogério Ceni buscaram verticalizar o jogo com frequência. Dessa forma, o Bahia chegava rapidamente ao último terço do campo, onde as trocas rápidas de passe e inversões de lado permitiam criar vantagem numérica.
Os lançamentos para os homens de ataque também foram outra rota usada para diminuir o tempo de transição da defesa para o ataque. A boa postura, no entanto, não conseguiu se traduzir em bola na rede. Além dos erros de decisão na finalização das jogadas, a defesa do Atlético Nacional teve sucesso em parar as investidas dos mandantes.
A estratégia de agressividade abriu espaços na transição defensiva do Esquadrão, o que foi aproveitado pelos colombianos para sair em contra-ataques. Os visitantes até conseguiam avançar com frequência para perto do gol de Marcos Felipe, mas somente na faixa dos 30 minutos que as descidas passaram a oferecer mais perigo.
Após a volta do intervalo, o jogo manteve o ritmo intenso, mas de uma forma mais equilibrada. Se antes era o Bahia que dominava as ações ofensivas, a etapa final contou com mais momentos protagonizados pelo Atlético Nacional. Os colombianos passaram a valorizar ainda mais a posse de bola, o que permitiu chegar ao ataque com mais volume.
Em um momento de queda de rendimento dentro da partida, Ceni identificou a falta de profundidade na beirada direita e respondeu com a entrada de Ademir, assim como colocou Willian José para aumentar a presença de área. As modificações não demoraram para surtir efeito.
Aos 71 minutos, Everton Ribeiro tocou para Caio Alexandre perto da área e o volante cavou o passe entre a marcação colombiana para achar Willian José infiltrando na área. O atacante recebeu a bola, girou e bateu forte cruzado, sem chances para Ospina conseguir impedir o Bahia de abrir o placar.
Após a marcação do gol, o Atlético Nacional cresceu na partida e chegou a balançar as redes, mas teve o lance invalidado. Do outro lado, o Esquadrão não abdicou da postura ofensiva e continuou avançando em direção às metas de Ospina, mas sem eficiência para aumentar a vantagem. O tempo foi correndo e ambos os times tentaram o resultado, mas só o Bahia pôde comemorar o triunfo ao fim da partida. E com gosto de liderança.
FICHA TÉCNICA
Bahia 1 x 0 Atlético Nacional – 3ª rodada da Copa Libertadores
Local: Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador
Data: 24/04/2025;
Horário: 21h;
Árbitro: Mario Díaz de Vivar (PAR)
Assistentes: José Cuevas (PAR) e Julio Aranda (PAR);
VAR: Fernando López (PAR)
Transmissão: ESPN 4 e Disney+
Cartões amarelos: Campuzano [Atl. Nacional]; Ramos Mingo [Bahia]
Gol: Willian José (Bahia)
Bahia: Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre (Erick), Jean Lucas (Acevedo), Everton Ribeiro (Rodrigo Nestor) e Cauly (Ademir); Pulga e Lucho Rodriguez (Willian José). Técnico: Rogério Ceni.
Atlético Nacional: Ospina; Andrés Román (Joan Castro), Arias, Tesillo e Camilo Cándido; Uribe, Rivero (Billy Arce) e Campuzano; Asprilla, Sarmiento (Cardona) e Morelos (Parra). Técnico: Javier Gandolfi.