Líderes de siglas de centro próximos de Rodrigo Maia (DEM-RJ) observam que especialmente depois da nova briga entre o presidente da Câmara e o ministro Paulo Guedes (Economia), o governo precisa ter cautela no trato com o deputado.
Se Maia pautasse hoje a medida provisória que estendeu o auxílio emergencial até o fim do ano por R$ 300, a tendência seria o Congresso elevar o valor para R$ 600, avaliam deputados. Se ele segurar a medida e deixála perder a validade —o que ocorrerá após o fim dos pagamentos—, como quer o governo, a União não terá ônus.
O parlamentar defende o valor estipulado pelo Executivo, mas seus aliados lembram que a decisão de pautar ou não a MP cabe só a ele.
O parlamentar disse na semana passada que está rompido com Guedes. “A gente tinha um almoço com o Esteves [Colnago, assessor especial da Economia] e com o secretário do Tesouro [Bruno Funchal] para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião”, disse Maia.
Para não se comprometer com qualquer posição a respeito da hipótese de reeleição para os comandos da Câmara e do Senado na mesma legislatura, Maia decidiu por ora não responder ao STF sobre a ação na corte que trata do assunto. (Politica Livre)