O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) detectou a linhagem BQ.1 da variante Ômicron em amostras de SARS-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) de residentes da Bahia, em nova rodada de sequenciamento genético. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) neste sábado (26).
De acordo com a Sesab, foram sequenciadas ao todo 128 amostras coletadas em outubro e novembro e a BQ.1 representa 32% deste total.
Os genomas sequenciados correspondem em 100% a variante Ômicron, sendo:
3,2% (4/128) da linhagem BA.1;
1,6% (2/128) da linhagem BA.2;
18,0% (23/128) da linhagem BA.4;
42,1% (54/128) da linhagem BA.5;
32,0 % (41/128) da linhagem BQ.1;
E 0,8% (01/128) para cada uma das linhagens BE.1, BE.9, BF.33 e XBB.2. Além do sequenciamento feito pelo Lacen-BA, a Fiocruz/BA detectou mais três amostras com a BQ.1.
As identificações da linhagem BQ.1 foram em materiais provenientes dos municípios de Salvador, Candeias, Conceição do Coité, Dias D’Ávila, Euclides da Cunha, Ilhéus, Lauro de Freitas, Mairi, Porto Seguro, Ruy Barbosa, São Sebastião do Passé e Simões Filho, municípios onde houve aumento do número de casos de Covid-19.
Para escolha das amostras para o sequenciamento foram adotados como critérios:
suspeitas e/ou contatos de variantes de preocupação/atenção e variantes de interesse informados pela vigilância;
surtos, tripulantes de navio, casos que evoluíram para óbitos;
casos de Covid-19 que se agravaram rapidamente;
amostras com alta carga viral, além de pacientes com diagnóstico positivo para SARS-CoV-2 com histórico de viagem para região de circulação de variantes de atenção.
A secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro alerta que este é um cenário em que a população deve ter ainda mais atenção para completar o esquema vacinal.
“Temos ainda cerca de 7,8 milhões de baianos com a vacinação pendente. Deste total, 1 milhão sequer tomou a primeira dose”, pontua a Secretária.
Ela aponta que a Secretaria da Saúde do Estado tem dado apoio aos municípios para levar a vacina à população. Adélia Pinheiro destaca ainda que é importante a testagem, isolamento de casos positivos e uso de máscaras em unidades de saúde. (BN)