Lula relata conversa com Putin e diz que russo quer ampliar relações com Brasil

Na ocasião, esquivou-se e disse que manteria boas relações tanto com Lula quanto com Jair Bolsonaro (PL).

Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil | Sputnik/Gavriil Grigorov

Quase dois meses após ter sido eleito presidente pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (20) que conversou com o líder da Rússia, Vladimir Putin, e que foi novamente parabenizado pela vitória eleitoral.

“[Putin] desejou um bom governo e o fortalecimento da relação entre nossos países”, tuitou o petista. “O Brasil voltou, buscando o diálogo com todos e empenhado na busca de um mundo sem fome e com paz.”

A fala faz menção a dois aspectos gerados pela Guerra da Ucrânia –a desestabilização da região, com o retorno da guerra à Europa, e o aumento da fome global, em especial na África, devido a problemas no fornecimento de grãos e alimentos dos dois países em conflito.

Às vésperas do segundo turno, em outubro, Putin foi questionado pela Folha sobre possíveis preferências para o futuro ocupante do Palácio do Planalto. Na ocasião, esquivou-se e disse que manteria boas relações tanto com Lula quanto com Jair Bolsonaro (PL).

Além de, juntos, integrarem o Brics, bloco de economias emergentes que também conta com Índia, China e África do Sul, Brasil e Rússia têm importantes laços econômicos, em especial no setor de fertilizantes.

Bolsonaro por diversas vezes usou o fator para defender uma suposta neutralidade na Guerra da Ucrânia. O presidente cessante chegou a ir a Moscou pouco antes da invasão russa e a fazer falas simpáticas a Putin, postura posteriormente criticada por países como os EUA.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também havia parabenizado Lula, logo após o segundo turno das eleições. No Twitter, disse confiar em uma “colaboração ativa e no reforço da parceria estratégica para assegurar democracia, paz e segurança.”

Antes, em entrevista à TV Globo, o líder ucraniano havia criticado Bolsonaro pela neutralidade no conflito que se desenrola desde fevereiro. “Não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo”, afirmou na ocasião. (BN)

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