Lula repete aproximação com evangélicos e chama Jair Bolsonaro de facínora

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Segundo uma reportagem do Metrópoles, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou sua fé, nesta sexta-feira (15), um dia após mencionar a felicidade por ter um “ministro comunista” no Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento para entrega de obra no Espírito Santo, o chefe do Palácio do Planalto assumiu tom eleitoral no discurso, tentou se aproximar do eleitorado evangélico, e fez críticas ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), a quem chamou de “aquela coisa” e “facínora”.

“A gente vai provar que o que resolve o problema de um povo não é a instigação do ódio usando a boa-fé do povo evangélico para mentir, dizendo que a gente ia fechar igreja, fazer banheiro unissex, eles têm que saber: se tem um cara nesse país que acredita em Deus é esse que está vos falando aqui”, afirmou Lula. Ainda segundo o Metrópoles, em pronunciamento na semana passada, o petista reiniciou uma aproximação com esse público, visando as eleições municipais de 2024.

De acordo com chefe do Executivo nacional, “somente Deus” poderia assegurar o sucesso de sua vida, após nascer em uma família pobre. “Esse filho que não teve diploma de universidade é o mais eleito desse país, isso só pode ser coisa de Deus, não está escrito nos livros”, declarou. “Quero provar mais uma vez que o metalúrgico pode fazer pelo país o que em 500 anos a elite não fez”, falou. Lula, no entanto, ressaltou ser importante não brigar com outros partidos. “Nós precisamos trabalhar com eles no Congresso, vamos disputar na eleição, depois preciso governar”.

O Metrópoles acrescenta que sem citar o nome do ex-presidente (a quem definiu como “aquela coisa”), Lula questionou quantas obras Bolsonaro entregou ou quantas instituições de ensino foram abertas no governo anterior. “Se alguém souber, me conte, porque em todos os estados que eu vou, eu pergunto para todo mundo se alguém lembra de uma obra que aquela coisa inaugurou”, disse o chefe do Executivo. Lula falou ter assumido a Presidência em “uma situação inusitada”.

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