O maestro Ricardo Castro, que comanda a Neojiba, criticou a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) por promover o ‘Osbrega’, concerto cujo repertório será formado por canções do brega brasileiro. Castro rotulou a iniciativa como “um círculo do inferno nunca Dantes visto neste país” – realizando um trocadilho com o escritor Dante Alighieri.
“Quando uma orquestra sinfônica estadual, depois de conquistar milhões inéditos para seu orçamento e poder contratar músicos excelentes, escolhe esse « título » para promover um concerto que poderia ser tocado melhor por « Lairton e seus teclados », estamos certamente entrando em um círculo do inferno nunca Dantes visto neste país”, escreveu Ricardo.
O nome do espetáculo também foi criticado. “Brega’ (palavra da gíria baiana, hoje usada como adjetivo, mas na origem um substantivo chulo que significava ‘puteiro’, dizem que a partir do nome Padre Manuel da Nóbrega de uma rua de zona de prostituição de Salvador ou Cachoeira, sobre cuja placa quebrada restavam apenas as duas últimas sílabas do sobrenome do sacerdote)”, disse.
O concerto da Osba, a ser comandado por Carlos Prazeses, está marcado para o próximo dia 7 de janeiro com ingressos já disponíveis no Sympla. (Correio)