O secretário de Saúde de Salvador anunciou, nesta terça-feira (19), que mais de 31,4 mil trabalhadores da capital baiana, entre eles profissionais da saúde e policiais, serão testados para o coronavírus nos próximos dias.
Segundo Leonardo Prates, a medida foi tomada para tentar identificar e diminuir a circulação do vírus entre as pessoas que estão contaminadas e precisam trabalhar na rua.
“Serão 31.470 profissionais testados, são eles: profissionais de saúde, toda a Secretaria Municipal de Saúde, com 15 mil pessoas, toda a polícia militar de Salvador, que são 10 mil pessoas, e todos os trabalhadores da Secretaria Municipal de Promoção Social, 4 mil pessoas”, enumerou o secretário.
Prates detalhou que a capital baiana tem 40 mil testes rápidos em estoque e que outros 35 mil devem chegar ao município na quarta-feira (19).
“Todos esses testes rápidos estão sendo comprados sem uma contrapartida federal, todos com recurso do município. Nós somos uma das capitais que mais testa, somos um dos estados que mais testa. Mas a gente não tem, infelizmente, condições de testar 3 mil habitantes, por exemplo”, disse.
“Um teste rápido custa em média R$ 120. Se você multiplicar pela quantidade de habitantes, a gente precisaria de um investimento de mais de R$ 300 milhões, exclusivos dos cofres públicos municipais”, avaliou Prates.
O secretário informou ainda que, por causa de denúncias de ameaças a profissionais da saúde no bairro da Pituba, após exigência de moradores para testagem, os protocolos para os testes em pontos móveis foram alterados.
“Nós tivemos alguns problemas na Pituba, porque houve ameaças a profissionais da saúde, o que a gente lamenta. Esses profissionais estão na rua para servir a população, para fazer um trabalho importante que é o levantamento de dados”, disse.
“Então estamos tomando algumas atitudes com os episódios que nós vimos, e uma delas é não divulgar onde estão sendo as blitzes de testagem. Mesmo dentro dos bairros, eu já determinei que houvesse um rodízio dentro do próprio bairro, para evitar essas cenas e para não haver as testagens em um ponto fixo”, ponderou o secretário.
Sobre as filas com distribuição de senhas que estão sendo feitas por moradores dos bairros onde as blitzes estão acontecendo, Prates informou que essas pessoas não serão testadas, para evitar a estimulação de aglomeração nas filas.
“Há protocolos definidos por epidemiologistas e sanitaristas da secretaria, e não é simplesmente a pessoa chegar, organizar uma fila e fazer uma senha. Eu entendo a preocupação das pessoas, a gente é solidário com esse momento, mas a secretaria não vai testar pessoas que eventualmente estejam em uma fila simplesmente porque ela está na fila”, disse.
“Há um protocolo que deve ser seguido e eu prefiro não falar os protocolos conduzidos, porque pode suscitar um tipo de discussão que não é necessária nesse momento”, concluiu. (G1/Ba)