Mais de 450 famílias foram afetadas pelas chuvas em Mutuípe, diz prefeito

Foto: Laila Nery

Mais de 450 famílias foram afetadas pelas chuvas em Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, segundo o prefeito da cidade, Rodrigo Maicon Andrade.

“Temos aí em trono de 150 pessoas [abrigadas] nas escolas, mas muitos moradores foram para a casa de parentes, amigos e até para a zona rural”, explicou.
“Desobstruímos algumas estradas da zona rural e começamos a ter acesso às informações de lá, que não estava funcionando internet, nem telefone. [Soubemos que] muitas casas caíram na zona rural”.

A prefeitura de Mutuípe já decretou situação de emergência e está em busca de recursos, junto aos governos estadual e federal, para ajudar as famílias afetadas. No entanto, nesta terça-feira (28), a chuva voltou a assustar os moradores da região, além de dificultar a limpeza do município, conforme explica o prefeito.

“Com essa chuva que está nesse momento, o volume do rio volta a crescer, muita água descendo aqui para o rio, vindo dos bairros mais altos, inclusive trazendo muita lama, o que é pior, porque acaba entupindo as bocas de lobo que estavam sendo desobstruídas. Vamos pedir a Deus que passe essa chuva, para que a gente continue a limpeza da cidade”.

As avenidas mais afetadas pelas chuvas foram a Bartolomeu Chagas e a Beira Rio, pois o rio Jiquiriçá, que transbordou durante o temporal, passa entre elas. Nessa região também funciona parte do comércio da cidade.

Os comerciantes atingidos disseram que ainda não contabilizaram os prejuízos. Já os moradores, relataram a destruição que tomou conta das ruas.

“Muita lama e sujeira. A cidade está um caos”, disse um morador.

Além disso, o bairro de Cajazeiras foi um dos mais atingidos na região e ao menos três ruas foram prejudicadas pelo temporal. Também houve deslizamento de terra. Por causa disso, ao menos quatro casas da Rua Maracás, que fica em cima de uma encostas, foram condenadas pela Defesa Civil. Os moradores foram orientados a deixar os imóveis, como é o caso da faxineira Marilúcia Gonçalves.

“Dia de Natal a gente teve que sair às pressas. Os vizinhos e amigos me ajudaram, tiraram minhas coisas, e eu estou em outra casa, que a prefeitura só deu seis meses de igual social para a gente”, relatou. (G1)

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