A desigualdade de renda aumentou nas metrópoles brasileiras durante a pandemia, com queda de rendimentos em todos os segmentos sociais. No entanto, os pobres sentiram mais a queda nos ganhos. Os dados estão no primeiro boletim “Desigualdade nas Metrópoles”, que compara dados do segundo trimestre de 2020 com o mesmo período do ano passado, antes da pandemia. A informação é da Folha.
O estudo, desenvolvido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Observatório das Metrópoles e Observatório da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), considera a renda individual por média domiciliar e não inclui no cálculo as rendas vindas do auxílio emergencial e outras fontes, como Bolsa Família.
Como o levantamento se estende pelo período da pandemia, os pesquisadores também captaram os efeitos do programa que permitiu cortes de jornadas e salários. Assim, mesmo quem manteve o emprego pode ter perdido renda, afetando os ganhos da família.
Com base nos dados sobre renda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes aos segundos trimestres de 2020 e 2019, o estudo aponta que, na média das 22 regiões metropolitanas, os 40% mais pobres perderam 32,1% da renda, os 50% intermediários perderam 5,6% e os 10% mais ricos perderam 3,2%. (Metro1)