Malafaia desafia Porta dos Fundos a ‘fazer vídeo com Maomé gay’; assista

Silas Malafaia. (Foto: Reprodução / Youtube)

Em seu canal de YouTube, o pastor Silas Malafaia atacou o especial de Natal produzido pelo grupo humorístico Porta dos Fundos. Na publicação, ele desafia os atores a fazer um vídeo “mostrando Maomé como gay”.

O líder do Ministério Vitória em Cristo argumenta que os atores cometeram crime ao “esculhambar o cristianismo” retratando Jesus Cristo como um homem gay em “Se Beber, Não Ceie”, no especial de Natal produzido para a Netflix.

Malafaia acusa o Ministério Público e a imprensa de fazer vista grossa ao suposto crime cometido pelo “Porta Dos Fundos”. Se declarando “a favor da liberdade de expressão”, o pastor disse que o especial feria o artigo 208 do Código Penal. No vídeo, Jesus é interpretado por Gregório Duvivier e surge com um namorado vivido por Fábio Porchat.

A lei citada pelo religioso prevê pena de um mês a um ano de detenção para quem “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.

Ao acusar a imprensa de apoiadora de “lixo moral”, Malafaia aproveita para dizer que houve uma cobertura exagerada ao ataque com coquetéis molotov à sede do “Porta dos Fundos” após o lançamento do especial de Natal.

O pastor definiu o episódio como “não cristão” e condenou a atitude, mas argumentou que não há intolerância cristã no Brasil e que o grupo de humor é quem promove intolerância.

Malafaia disse que não fez o vídeo para “defender Jesus” pois “Jesus está vivo e sabe muito bem se defender”. O pastor argumenta ainda que a liberdade de expressão só existe “porque o paradigma do mundo ocidental é o modelo judaico-cristão e a reforma protestante”. Do contrário, “seria uma sociedade de bárbaros e vocês [Porta dos Fundos] estariam ferrados”.

Por fim, Malafaia chama os humoristas de “frouxos” e os desafia a fazerem um vídeo “mostrando Maomé como gay”. Segundo o censo do IBGE em 2010, havia cerca de 35 mil muçulmanos no Brasil e cerca de 123 milhões de católicos e 42 milhões de evangélicos.

(Época)

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