Dois mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta terça-feira (27), nos estados da Bahia e Pernambuco, durante a 2ª fase de uma operação contra um grupo criminoso especializado em tráfico de drogas.
Segundo a Polícia Federal, a Operação Astreia 2 conta com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público da Bahia (MP-BA), e da Polícia Militar da Bahia.
A PF informou que representou por novos mandados, em Juazeiro, no norte do estado, a partir dos desdobramentos ocorridos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da primeira fase, no dia 20 de junho, por causa da análise de parte do material apreendido e de novas investigações policiais.
Objetivos da nova fase da operação ASTREIA 2:
- Cumprimento de dois mandados de busca e apreensão;
- Cumprimento de dois mandados de prisão temporária de novos membros do grupo investigado especializado em tráfico de drogas para os estados da Bahia e Pernambuco.
Desde as primeiras horas da manhã, cerca de 16 policiais federais cumprem os mandados. Foi deferido, ainda, o sequestro de bens e bloqueio de valores de dois novos investigados.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações revelaram a conexão do grupo com uma série de delitos, dentre eles tráfico de drogas, tráfico de armas e homicídios, e que causaram aumento significativo da violência local.
Mesmo após a deflagração da primeira fase da operação policial, o grupo teria mantido a prática de novos crimes.
Chefe preso em mansão de R$ 2 milhões
Treze pessoas foram presas na manhã do dia 20 de junho, nos estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe, durante a primeira fase da operação contra o grupo criminoso especializado em tráfico de drogas.
Na cidade de Aracaju, em Sergipe, um homem foi preso apontado como chefe e fundador do grupo criminoso. Ele se escondia em uma casa de alto padrão avaliada em R$ 2 milhões, que tinha dois carros de luxo, joias, e uma chupeta de bebê que parece ser banhada a ouro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), uma pistola, um revólver, carregadores, munições para pistola e fuzil, além de R$ 9 mil, drogas e coletes balísticos foram encontrados em imóveis nas cidades de Juazeiro, no norte da Bahia, e Petrolina, em Pernambuco.
Penas
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com penas somadas que podem chegar a 33 anos de reclusão e poderão ser elevadas ainda de 12 a 30 anos, caso sejam comprovados os homicídios atribuídos à ORCRIM.
O nome da operação, ASTREIA, remete à Deusa da Pureza na mitologia grega e está relacionada à suposta qualidade da droga comercializada pelo grupo criminoso. Além disso, a Deusa Astreia traz a imagem da balança, símbolo da justiça, para lembrar aos homens que tudo tem contraponto.
A Polícia Federal informou que continua a apuração para alcançar a verdadeira amplitude da suposta organização criminosa e identificar outros integrantes.(g1)