O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, embarcou hoje (3) para Caiena, capital da Guiana Francesa, para uma visita ao Centro de Lançamento de Korou. A base de lançamentos pertence à Agência Espacial Europeia e é uma referência mundial no setor. O objetivo da visita do ministro é justamente trazer ideias que possam ser implementadas no Centro de Lançamento de Alcantara, no Maranhão. Uma comitiva de 17 deputados e senadores também participa da visita oficial.”Esse momento, como nós temos a aprovação [da reforma da Previdência] necessária no Congresso, essa primeira viagem deu uma prioridade para os parlamentares. Numa segunda viagem, na fase dois, de planos locais, depois da aprovação lá no Congresso, a ideia é levar pessoas da comunidade, líderes do governo, para que observemos os detalhes da implementação dessa conexão entre o centro e os arredores, toda a comunidade, como que funcionam os negócios, quais negócios que florescem mais, quais os que tem mais trabalho. Usemos o exemplo deles lá para fazermos o melhor aqui”, aifrmou o ministro a jornalistas em São Luís, pouco antes de embarcar.Em março, os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram, em Washington, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) para uso comercial da base de lançamentos aeroespaciais de Alcântara, no Maranhão. A medida era necessária para que o país possa utilizar a base para lançamentos de satélites comerciais. Como a maioria dos componentes de foguetes e satélites são de origem norte-americana, este acordo era necessário como forma de preservar segredos tecnológicos do país.Para entrar em vigor, o AST ainda precisa ser ratificado pelo Congresso Nacional. Caso seja confirmada, a medida permitirá que o Brasil ingresse em um mercado bilionário. Apenas em 2017, o setor movimentou cerca de US$ 3 bilhões em todo o mundo, segundo dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. Estima-se que exista uma média de 42 lançamentos comerciais de satélites por ano. A expectativa do governo brasileiro é que a base de Alcântara possa representar, no futuro, quando estiver em plena operação, cerca de 10% do mercado internacional do setor.