A Marinha da Indonésia, que corre contra o tempo para localizar um submarino desaparecido com 53 pessoas a bordo, informou nesta sexta-feira (23) que detectou um “objeto flutuante” no local das buscas. Mas ainda não se sabe se o objeto pertence ao submergível.
O KRI Nanggala-402 perdeu contato com a Marinha indonésia enquanto realizava exercícios militares ao norte da ilha de Bali, após receber autorização para submergir, e desde então deixou de responder aos sinais.
Na quinta-feira (22) à noite, a Marinha havia anunciado que detectou um “objeto” não identificado fortemente magnético entre 50 e 100 metros de profundidade (veja no vídeo acima).
Vários navios de guerra com sonares foram enviados ao local, e diversos países auxiliam nas buscas.
Oxigênio pode estar no fim
As equipes de resgate correm contra o tempo porque as reservas de oxigênio da tripulação podem acabar às 15h desta sexta (madrugada de sábado no horário local).
“Só temos até amanhã [sábado] às 3h, então estamos nos esforçando ao máximo hoje”, afirmou o porta-voz da Marinha indonésia, Ashmad Riad. “Esperamos ter uma boa notícia”.
A Marinha da Indonésia trabalha com a hipótese de uma queda de energia, que deixou o submarino fora de controle e impediu o lançamento de medidas emergenciais.
“As reservas de oxigênio do submarino durante uma queda de energia são de 72 horas”, afirmou à imprensa o comandante do Estado-Maior da Marinha indonésia, Yudo Margono.
Como o submarino solicitou a autorização para submergir por volta das 3h de quarta no horário local (às 16h de terça em Brasília), as reservas de oxigênio podem se esgotar às 3h de sábado (16h desta sexta no Brasil).
Submarino pode ter se partido
Uma camada de óleo foi detectada ao norte da ilha de Bali, onde o submarino submergiu, o que gerou temores de que o KRI Nanggala-402 possa ter se partido.
As autoridades militares anunciaram em um primeiro momento que o submarino poderia ter descido a uma profundidade de 700 metros, muito maior do que aquela para a qual foi projetado (250 metros).
Analistas alertam para o risco de o submarino ter se partido caso tenha afundado a essa profundidade. (Fonte: G1)