A atriz Bruna Marquezine, 24, quase deu fim à sua carreira quando completou 18 anos. A revelação foi feita na última segunda-feira (9), durante um evento em São Paulo. Segundo ela, a crise começou quando seu corpo passou a ser objetificado.
Na época, ela atuava na novela Salva Jorge (2012), da Globo. “Eu não tinha maturidade para lidar com aquilo e não entendia. Tinha acabado de completar 18 anos, a cada semana diziam que eu tinha saído com um cara novo. Não sabia lidar, sofria muito”, contou.
Na trama, Bruna Marquezine interpretava Lurdinha, personagem que abusava de shortinhos mega curtos, blusas cortadas logo abaixo dos seios, tudo sempre muito justo, acompanhado de salto e muitos acessórios.
Por conta disso Bruna mudou a postura e passou a ser mais crítica com relação a tudo. Inclusive com o próprio corpo. Ela conta que já chegou a se magoar muitas vezes com comentários ruins de fãs sobre sua aparência.
“Tem comentários que te pegam em uma hora errada e dia errado e você sente uma necessidade de se justificar de alguma forma. Sempre tem aquele que te pega de jeito, mas já estou tratando disso com a minha psicóloga. Quem são essas pessoas tão rápidas que pegam todo o comentário, curtida que a gente faz? Às vezes eu penso que tem umas pessoas que têm um perfil só para seguir a gente”, diz. “A beleza que você vê e consome sai com água e demaquilante. É cruel e cansativo tentar se encaixar em um padrão”, completa.
A atriz agradeceu ainda à rede de apoio que se formou na época, para que ela conseguisse enfrentar a crise. ‘Ter esse olhar de algumas atrizes mais experientes me fortaleceu. Ver a Cassia Kiss, que é uma grande inspiração, me assistir foi especial. A Vanessa Gerbelli que foi minha mãe quando interpretei a Salete, realmente foi uma mãe’, comentou.
Quando estava se curando de uma uma depressão e distúrbio de imagem, ela resolveu contar a todos que passava por momentos difíceis. “Quando eu desabafei sobre isso, eu falei que tomava um tipo de laxante todos os dias. Aquilo destruiu meu organismo e minha imunidade. Várias meninas tomavam também. Achei melhor dizer o que fazia para ajudá-las”, lembra. (Correios)