Quem assiste a série The Chosen logo se faz a pergunta: Mateus era autista? E o produtor da série, Dallas Jenkins, participou de um podcast e falou sobre esse assunto, afirmando que a decisão de retratar o discípulo de Jesus dessa forma foi uma escolha baseada em suas características.
Dallas Jenkins concedeu entrevista a Douglas Gonçalves, do JesusCopy, e respondeu a pergunta inevitável: Mateus era autista?
“Quando estávamos escolhendo quem seriam nossos personagens principais na série, nós tínhamos um perfil de cada personagem, em uma folha grande na parede, com as características de cada um. Então, para Mateus, começamos pela Bíblia e dissemos ‘sabemos que ele era um coletor de impostos, então ele amava matemática e números’”, introduziu Dallas.
Em seguida, ele apontou alguns fatos sobre o Evangelho de Mateus que serviram para elaborar características que pudessem ser acentuadas no personagem: “Sabíamos que em seu livro, o primeiro capítulo é uma genealogia, fatos divididos em três seções, 14 nomes e outros fatos, bem sistemático. Nós também sabíamos que sua profissão o tornou um pária, odiado pelos judeus por trair seu povo sendo um coletor de impostos, e desrespeitado pelos romanos por ser um judeu. Ele escolheu uma profissão que o tornou um pária”, acrescentou.
Diante disso, ele e a esposa, Amanda, traçaram paralelos com suas experiências de vida: “Nós temos autistas em nossa família e fizemos muitos trabalhos voluntários com a comunidade autista, então eu sei o que é o autismo muito bem. Então, nós pensamos, essas características de Mateus poderiam ser autismo. Agora, é óbvio que não sabemos se era de fato, mas é plausível, e eu pensei que seria uma linda maneira de mostrar a humanidade dessas pessoas e isso talvez pudesse humanizar a história, não apenas de Mateus, mas de toda a série, mostrando-os de uma forma que nós nunca tínhamos visto antes”, explicou.
Mateus era autista? A essa altura, isso se tornou um detalhe menor na série, diante do resultado positivo alcançado, disse Dallas Jenkins: “Nós temos recebido um maravilhoso retorno não apenas de pessoas autistas, familiares de autistas, mas de pessoas comuns que dizem ‘nossa, Jesus pode chamar qualquer um’. E isso não significa que isso seja um fardo, mas na verdade algo lindo. Nossa caracterização de Mateus tem sido uma das partes mais relevantes e de maior conexão das pessoas com a série”, finalizou. (Gospel Mais)