O desempenho em indicadores como inovação e empregabilidade podem ser utilizados pelo Ministério da Educação (MEC) para definir a distribuição de recursos para universidades federais. Os técnicos do governo estudam usar como indicador o ranking de governança do Tribunal de Contas da União (TCU) para determinar qual universidade terá prioridade no desbloqueio de recursos.
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima Junior, afirmou que a ideia é tratar os diferentes de forma diferente. “Vamos começar a olhar desempenho, não só o tamanho das universidades. Hoje, a matriz do orçamento é 90% tamanho e 10% qualidade”, comentou.
A implantação do novo modelo poderá ter início em 2020. Com as novas regras, as universidades que conseguirem formar mais alunos aptos a ingressar no mercado de trabalho deverão ser premiadas. A evolução da criação de patentes deverá ser utilizada como um indicador para o grau de inovação das instituições.
As universidade de Lavras (UFLA) e do Mato Grosso do Sul (UFMS) seriam as maiores beneficiadas, já que estão no topo do ranking do TCU divulgado em 2018. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) aparecem como últimas colocadas na listagem.
Atualmente, a distribuição de verbas é calculada com um índice que leva em consideração a quantidade de estudantes e a qualidade acadêmica. O resultado é a Matriz de Orçamento de Custeio e Capital (Matriz OCC), que determina a quantia repassada. No cálculo atual, a quantidade de alunos que se encontram matriculados é o fator que mais pesa.
O número de laboratórios e o uso de equipamentos caros também constituem um fator que é levado em consideração na hora do repasse. Já o indicador de Eficiência e Qualidade Acadêmico-Científico (EQAC) tem peso de apenas 10% na Matriz OCC. (Correio Brasiliense)