Médico é condenado a quase 18 anos de prisão por matar colega em Feira de Santana

Crime foi motivado por desentendimento financeiro; réu confessou o homicídio

Foto: Reprodução

O médico Geraldo Freitas Junior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato do colega Andrade Lopes Santana, ocorrido em 24 de maio de 2021. O julgamento, realizado no Fórum Desembargador Filinto Bastos e presidido pela juíza Márcia Simões, teve início na manhã de quinta-feira (26) e foi concluído por volta das 3h da madrugada desta sexta-feira (27).

Geraldo aguardou o julgamento preso, inicialmente no Conjunto Penal de Feira de Santana e, posteriormente, em uma penitenciária em Jequié. Ele foi detido em 28 de maio de 2021, quatro dias após o desaparecimento de Andrade, e confessou o crime em depoimento à Polícia Civil.

Após o homicídio, Geraldo registrou o desaparecimento do colega na delegacia, mas as investigações revelaram que ele havia agido sozinho. O corpo de Andrade foi encontrado com um tiro na nuca e amarrado a uma âncora, em uma tentativa de impedir que emergisse das águas do Rio Jacuípe.

Relembre o caso

Andrade Lopes desapareceu após sair da cidade de Araci, onde residia e trabalhava, com destino a Feira de Santana. No mesmo dia, Geraldo Freitas registrou o desaparecimento do amigo na delegacia. Dias depois, o corpo de Andrade foi encontrado, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) confirmou que ele havia sido morto com um tiro na nuca.

Segundo as investigações, o crime foi motivado por um desentendimento financeiro. Geraldo teria comprado uma caminhonete em nome de Andrade, pois estava com o nome sujo no Serasa, e não efetuou o pagamento. Embora a defesa de Geraldo alegue que ele não tinha intenção de matar o colega, a polícia acredita em premeditação, dado que ele levou Andrade propositalmente para o meio do rio e já estava armado, além de levar a âncora.

Os dois médicos eram amigos desde os tempos de faculdade, quando estudaram juntos na Bolívia. Após a conclusão do curso, ambos se mudaram para o interior da Bahia, onde trabalhavam. Antes de ser identificado como suspeito, Geraldo chegou a receber a família de Andrade, que veio do Acre para acompanhar as buscas.

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