O médico otorrinolaringologista e professor universitário Gilson Meirelles foi liberado do cativeiro após os sequestradores não conseguirem sacar nenhum valor da sua conta bancária, informou o o delegado Adailton Adan, da Delegacia Antissequestro (DAS) da Polícia Civil (PC), em coletiva de imprensa nesta sexta (26). Gilson foi sequestrado na última quarta-feira (24), no estacionamento de uma farmácia, no bairro da Pituba, em Salvador. Ele foi encontrado na manhã desta sexta-feira (26), no município de Castro Alves, no Recôncavo Baiano.
De acordo com o delegado, pela dificuldade em conseguir o dinheiro, os criminosos desconfiaram de que estavam sendo procurados pela polícia. O cativeiro onde Gilson ficou sequestrado foi localizado e o veículo usado no sequestro foi recuperado. Após ser encontrado, ele foi levado para o município de Cachoeira, onde foi medicado.
“É um protocolo para qualquer vítima que nós resgatamos em situação de sequestro, passa por um médico para que seja avaliado seu estado físico e emocional. Qualquer vítima de um crime dessa natureza fica muito abalada e o estado dele não foi diferente. Ele não foi agredido, mas ficou muito abalado emocionalmente, foi medicado e já está vindo pra cá”, afirmou o delegado.
Adailton contou que a suspeita é que Gilson já estava sendo observado pelos sequestradores. Familiares depositaram parte do pagamento exigido para o resgate. A transferência foi feita para uma conta na cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina. A polícia local foi acionada pela órgão baiano. A beneficiária da conta que recebeu o depósito foi presa em flagrante quando tentava sacar o valor em uma agência bancária.
“Acompanhamos os familiares que nos deram algumas informações valiosas e passamos a acompanhar o sequestro. Acompanhamos a rotina do telefone celular, uma vez que estava sendo utilizado pelos sequestradores para transferências bancárias na data de hoje. Uma das irmãs da vítima, que utilizava as credenciais da conta dele, passou as informações para o banco de que ele estava sequestrado e o banco passou a acompanhar essa rotina. Essa pessoa foi hoje sacar esse dinheiro e foi presa pelos policiais de Joinville”, explicou.
Devido à prisão em flagrante, não houve saque do dinheiro enviado pelos familiares de Gilson. Perguntado sobre quanto foi transferido, o delegado afirmou que o valor será mantido em sigilo para não incentivar novos casos. Outros três envolvidos no sequestro foram presos em Salvador.
“Nós continuamos com as investigações aqui para tentar localizar os indivíduos que estavam utilizando o telefone da vítima e ainda na prática das extorsões. Eles foram alcançados, localizados, presos, conduzidos e apresentados para prisão em flagrante”, completou.
Fonte: Correio