Mercado reduz previsão pela 18ª vez e espera PIB de 0,85% para este ano

Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com
Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central revisaram mais uma vez a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 1º, a economia brasileira deve ter ‘pibinho’ e avançar 0,85% neste ano. Na semana anterior, a previsão era de 0,87%. Com essa nova revisão, já são 18 semanas consecutivas em que o mercado financeiro prevê avanços mais tímidos para a economia neste ano. As revisões começaram em fevereiro. Em janeiro deste ano, economistas chegaram a projetar o PIB em 2,57% no Boletim Focus. Ao todo, a previsão já recuou 1,72 ponto percentual este ano. A previsão do mercado financeiro é ligeiramente maior do que a do Banco Central, anunciada na semana passada. A instituição acredita que o Brasil deve ter ‘pibinho’ de 0,8% neste ano. A previsão anterior, em março, era de 2%. Com isso, a estimativa de crescimento da economia brasileira para este ano é menor que o PIB medido em 2017 e 2018, quando o avanço foi de 1,10%.  O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante um período e serve para medir a evolução da economia. A projeção do mercado para o avanço da economia nos próximos três anos, foi mantida: 2,20% e 2,50% em 2021 e 2022. Além da queda no PIB, a previsão para inflação também foi revista pelos economistas: de 3,82% para 3,80%, quinta revisão consecutiva para baixo. O indicador segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo, de 4,25%. O índice está dentro da margem de tolerância prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entre 2,75% e 5,75%, 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os economistas também revisaram, pela segunda vez no ano, a projeção para a taxa Selic. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) baixe a taxa para 5,50%, 0,25% abaixo da projeção anterior.  Desde março do ano passado, a Selic está em 6,5%, menor patamar da história. Já a projeção para o dólar permanece estável. A expectativa é que a moeda americana feche o ano cotada a 3,80 reais. ( Reinaldo Canato/VEJA.com)

 

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