O uso do cheque especial continua alto, mesmo após anúncio de estratégia de autorregulação, adotada por bancos cerca de um ano atrás, da modalidade de crédito, que é a mais cara para as famílias. Segundo dados do Banco Central, em junho deste ano, o saldo do cheque especial representava 2,5% do crédito livre ofertado para as famílias, uma queda de apenas 0,2% em comparação a junho do ano passado.
A medida de autorregulação entrou em vigor em julho de 2018 e estabelece a oferta automática de parcelamento mais barato para os consumidores que usaram mais de 15% do limite por 30 dias consecutivos. O cliente que decide se adere ou não à proposta, mas um novo contato com a oferta será feito nos canais de relacionamento a cada 30 dias.
Para o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, as medidas de autorregulação não atingiram seu objetivo de reduzir o uso do cheque especial. “Desde o início, eu dizia que só iria funcionar se fosse obrigatório (o repasse da dívida para o crédito pessoal com taxa menor). Quando não é obrigatório, há comodismo tanto por parte dos bancos, que recebem juros maiores, quanto dos clientes, que não vão em busca de outra opção”, declarou ele. (Metro1)