MG: Mulher chama porteiro de ‘macaco’ é denunciada e acaba autuada por injúria racial; saiba mais

Foto: reprodução / Google Street View
Foto: reprodução / Google Street View

Uma mulher foi presa nesta última quarta-feira (24/12) suspeita de injúria racial contra o porteiro do prédio onde mora, em Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo matéria publicada pelo portal UOL, o porteiro Gilson Vitalino, 44, disse que foi chamado de “bosta”, “safado”, “macaco” e “fedorento” pela moradora Ariane Helen Viriato, 31. Testemunhas ouvidas pela polícia confirmaram a acusação.

Os vizinhos que disseram ter ouvido os xingamentos chamaram a Polícia Militar, que prendeu Ariane. Ela foi liberada hoje após pagar fiança de R$ 2.000, mas será investigada por injúria racial pela Polícia Civil. A polícia não soube informar se Ariane constituiu advogado de defesa para acompanhar o inquérito. De acordo com a PM, o porteiro explicou que o interfone do prédio não estava funcionando.

Assim, por determinação do síndico do prédio, Vitalino deveria pedir aos moradores que descessem até a portaria, para identificar as visitas e liberarem a entrada.A mãe de Ariane chegou ao prédio, para passar a noite de Natal com a filha, e Vitalino seguiu as determinações do condomínio. Ele pediu à mulher que telefonasse para o apartamento, solicitando a presença do morador, para a liberação da entrada.

Foi o que a mulher fez. Ariane, porém, não concordou com a exigência, mas desceu até a portaria para liberar a entrada da mãe. Lá, ela chamou o porteiro de “bosta, safado, macaco e fedorento”, de acordo com testemunhas, vizinhos que disseram ter presenciado os xingamentos, ouvidas pela equipe da PM.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, ainda na delegacia, o porteiro disse que jamais esperou passar por uma situação como essa.
“A bola da vez hoje fui eu, infelizmente. Graças a Deus, sou negro mesmo, (mas) ninguém espera passar por isso”, disse Vitalino, casado e pai de dois filhos. De acordo com a Rádio Itatiaia, a moradora chorava muito na delegacia, não quis dar entrevista, mas negou ter proferido qualquer xingamento racista. (Aratu)

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