Militares farão contagem paralela dos votos por meio de amostragem

O contrato é estimado em R$ 696,4 milhões para o fornecimento de até 180 mil urnas. Imagem: Bruno Kelly

Após acordo com o TSE, as Forças Armadas vão coletar QR Code de 385 urnas no dia votação

O Tribunal Superior Eleitoral cedeu e vai permitir que as Forças Armadas promovam uma apuração paralela dos votos em tempo real nestas eleições. Cerca de 400 militares vão fazer fotos do QR Code dos boletins de 385 urnas eletrônicas e enviá-las ao Comando de Defesa Cibernética do Exército. A informação é da Folha.

A ideia é comparar o resultado dos boletins de urna com os dados consolidados pelo TSE por meio do que foi enviado pelos tribunais estaduais.

Desta forma, o acordo fechado pelo presidente do TSE, Alexandre de Morais, vai permitir que os militares tenham acesso aos dados brutos, de forma on line, fato inédito na democracia brasileira. A expectativa é que na mesma noite em que o Tribunal proclame o resultado, as Forças Armadas já tenham concluído a sua apuração. 

No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não parece satisfeito e mantém as críticas ao processo eleitoral. Em entrevista a uma rádio, na semana passada, ele disse que as sugestões das Forças Armadas reduzem a “próximo de zero a possibilidade de fraude”. Para depois, fustigar mais uma vez as urnas eletrônicas. “Próximo de zero não é zero. O que nós queremos não são eleições limpas?”, questionou.

Depois de conseguir avançar sobre o TSE, agora, os militares pretendem alterar o teste de integridade das urnas. O objetivo é desbloquear os equipamentos por biometria dentro das seções eleitorais e, segundo eles, reduzir a possibilidade de fraude.

Atrás do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, na corrida presidencial, segundo as pesquisas de opinião, Bolsonaro tem colecionado ataques ao processo eleitoral, muitas vezes em tom golpista, dando a entender que não está inclinado em aceitar o resultado das eleições.(A Tarde)

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