Ministério confirma que pagou viagem de mulher de líder do CV a Brasília

Em nota, a pasta responsabiliza os comitês pelo custeio das passagens, com a prerrogativa de que eles têm autonomia administrativa e financeira

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A viagem de Luciene Barbosa Farias – conhecida como a “Dama do Tráfico” – a Brasília, foi paga pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, sob comando de Silvio Almeida. A informação foi confirmada pela própria pasta ao jornal O Globo.

Segundo o Ministério, o custeio aconteceu levou em conta a participação da mulher do líder do Comando Vermelho (CV) do Amazonas no Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado entre os dias 6 e 7 de novembro. Em nota, a pasta responsabiliza os comitês pelo custeio das passagens, com a prerrogativa de que eles têm autonomia administrativa e financeira.

“Nem o ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”, disse a pasta, em nota.

Além de participar do encontro, Luciene também foi recebida por membros do Ministério da Justiça, pasta comandada por Flávio Dino. O presidente Lula (PT), contudo, saiu em defesa do ministro afirmando que os ataques contra Dino são “absurdos” e “artificialmente plantados” devido ao caso.

“Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira”, escreveu Lula nas redes sociais.

Luciane Farias esteve no ministério da Justiça em março. Ela se encontrou com o secretário de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz. Já em maio ela esteve com Rafael Velasco, secretário da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), também vinculada à pasta.

Rocha foi ao encontro acompanhada por duas mães e por Luciane Farias. “Na ocasião, recebi os documentos anexos, nenhum tratando de casos ocorridos no estado do Amazonas. Quanto à sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário”, disse Vaz nas redes sociais.

(Bahia.ba)

google news