Ministra da Saúde classifica vício em casas de apostas como ‘pandemia’

A ministra ainda afirmou que o vício em bets é danoso, especialmente devido à rapidez com que a pessoa pode entrar no ciclo de dependência, impactando famílias em todo o país.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou nesta sexta-feira (27) o vício em casas de apostas, conhecidas popularmente como ‘bets’ como uma pandemia. Segundo a ministra, o vício em apostas no Brasil tem que ser encarado com a mesma gravidade que a dependência do tabaco.

A declaração da ministra foi dadá após o evento de lançamento da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. “É uma pandemia, guardada a questão da gravidade. Isso precisa ser trabalhado na Saúde. A consequência é grave do ponto de vista da dependência”, afirmou a ministra.

A ministra ainda afirmou que o vício em bets é danoso, especialmente devido à rapidez com que a pessoa pode entrar no ciclo de dependência, impactando famílias em todo o país. “É muito importante a regulação, é muito importante olhar para a publicidade e colocar, como temos dito, na mesma gravidade com que o Brasil faz em relação ao tabaco, porque é um vício”, disse.

Após isso, Trindade informou que o Ministério da Saúde conta com um grupo de trabalho sobre o tema, que se reunirá na próxima semana. Ela ainda afirma que todo o Governo Federal tem trabalhado no assunto.

Ainda neste mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há uma “distância tênue entre o entretenimento e a dependência das bets, que deve ser tratada”, e ainda afirmou que o seu Ministério, em conjunto com o da Saúde, estavam trabalhando para definir ações sobre o assunto.

Um levantamento recente, realizado pelo Banco Central, apontou que beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões às empresas de apostas, por meio de PIX. Com isso, a média gasta pelos beneficiários do programa social com apostas durante o período foi de R$ 100.

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