A cantora Elza Soares foi homenageada pela Mocidade durante o desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A escola foi a penúltima a desfilar na madrugada desta terça-feira (25) e recontou a história da cantora de 89 anos. Elza desfilou no último carro da Mocidade.
Sandra de Sá foi a compositora do samba-enredo. O desfile ainda marcou a estreia de Jack Vasconcelos como carnavalesco, após cinco anos na Paraíso do Tuiuti. O carro abre-alas trouxe para a avenida o primeiro palco onde ela cantou, em um show de Ary Barroso. Os primeiros passos como cronner foram lembrados na ala “Nos bailes da vida”.
Outras alas representaram profissões bem além da música, como o emprego em uma fábrica de sabão e a carreira como enfermeira ou professora que os pais queriam que ela seguisse. O romance com Garrincha e a apresentação para a seleção brasileira antes da Copa de 1962, na concentração no Chile, foram lembrados na ala “Madrinha da Copa”.
A Mocidade Independente de Padre Miguel também mostrou as partes mais difíceis da vida de Elza, como quando ela cantou em circos pouco glamourosos ou quando apanhou de ex-companheiros. Os exs da cantora foram comparados a homens da caverna na ala “Machismo: Os selvagens do circo”. A partir da ala “Fênix: a reinvenção da deusa”, o desfile exaltou a volta por cima. Elza Soares foi retratada como porta-voz das mulheres e da comunidade LGBT. (BN)