O ministro Sergio Moro (Justiça) associou a prisão das quatro pessoas suspeitas de hackear telefones de autoridades à divulgação de mensagens realizadas pelo pelo site The Intercept Brasil acerca de interferência do então juiz da Lava Jato nas investigações da força-tarefa.
“Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF [Ministério Público Federal] e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”, escreveu Moro no Twitter nesta quarta-feira (24).
“Leio, na decisão do Juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante”, afirmou o ministro.
Segundo o jornal Folha de Sa. Paulo, essa conexão, no entanto, não está citada na decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, que autorizou as detenções. Tampouco há menção no pedido do Ministério Público que as fundamentou.
Quando as primeiras mensagens vieram à tona, em 9 de junho, o Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram a partir de 2014.
Suspeitos de hackear celulares , Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto foram presos na terça (23). (Bahia.Ba)