O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um procedimento para apurar uma suposta prática de violação de princípios administrativos no processo que autorizou o aumento de R$ 1 no preço da tarifa do transporte público de Ilhéus, cidade no sul da Bahia.
A decisão foi comunidade nesta terça-feira (9) à equipe de apuração da TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região.
O reajuste de R$1 da tarifa entrou em vigor no domingo (7), que passou de R$ 3,80 para R$ 4,80, e R$ 4,50 para pagamento exclusivamente por meio do cartão do sistema de bilhetagem eletrônica. A ação no MP-BA teria sido movida por integrantes da sociedade civil que denunciaram as condições da frota.
Segundo a prefeitura de Ilhéus, a autorização foi dada mediante o acordo de garantias de benefícios aos usuários, entre eles a aquisição de 14 novos ônibus e ampliação de novas linhas num prazo de seis meses.
Ainda de acordo com a gestão municipal, o antigo valor estava sem sofrer alterações desde 2019. A medida foi tomada pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (COMUTRAN), órgão de escuta da sociedade, e aprovada por unanimidade.
A autarquia de Transporte e Trânsito (Sutram), disse que o reajuste visa melhoria do sistema, e estabelece novas ações para atender as demandas das comunidades, com a ampliação de horários de linhas, principalmente na zona rural, que suprem, de forma emergencial, as necessidades de deslocamento diário para o trabalho, escola e atividades de lazer, inclusive aos domingos e feriados.
Uma confusão foi registrada durante protesto contra o aumento da passagem dos ônibus. A manifestação aconteceu na praça JJ Seabra, que fica no centro do município, na frente da Câmara de Vereadores. [Veja no vídeo acima]
O protesto aconteceu no dia 2 de maio. Segundo informações de pessoas que estavam no local, a confusão começou quando assessores do vereador Nino Valverde (Podemos) tentaram dispersar a manifestação.
A esposa do vereador foi agredida com um soco no rosto depois que tentou tomar o celular de uma manifestante, que filmava o protesto.
Conforme a Câmera de Vereadores de Ilhéus, o prefeito Mário Alexandre, conhecido como Marão (PSD), determinou o aumento sem que o assunto fosse discutido pelos edis do município.
Após a confusão, os manifestantes e a esposa do vereador foram levados para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), onde foram ouvidos e liberados. (G1)