MP lança campanha de prevenção e combate ao bullying

Crédito das fotos: Cecom e Iracema Chequer - Rodtag
Foto: Cecom e Iracema Chequer - Rodtag

Com um auditório lotado de estudantes de escolas públicas e particulares, professores, autoridades e representantes da sociedade civil, o Ministério Público estadual lançou hoje, dia 30, a campanha ‘#SejaBrother – Juntos contra o Bullying’, na sede da Instituição, no CAB. Na ocasião, também foi realizado o seminário ‘Bullying: Você sabe de que lado ficar!’, que contou com palestras ministradas pelo psicólogo e doutor em Ciências da Educação, Alessandro Marimpietri, e pelo diretor de Prevenção da Safernet Brasil, Rodrigo Nejm. “Além de ser um entrave terrível para melhoria dos nossos índices na área de educação, o bullying fomenta o ódio e a violência. Infelizmente o respeito ao outro, que deveria ser exercitado dentro dos nossos lares, não está sendo feito e isso tem causado consequências devastadoras na sociedade. Essa campanha do MP mostra que os jovens podem ajudar o colega a se defender do bullying ou até mesmo evitá-lo, e busca uma sociedade mais feliz e igualitária”, destacou a procuradora-geral de Justiça do MP, Ediene Lousado. Segundo o promotor de Justiça Valmiro Macedo, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Educação (Geduc), “o bullying sempre causou problemas para as crianças e jovens com consequências na vida adulta. É preciso que professores, jovens e as autoridades estejam atentos para evitarmos as consequências danosas como os episódios de violência que vemos frequentemente serem noticiados na mídia”. Ele complementou que em breve, o MP lançará um projeto, onde serão visitadas as escolas para se debater “esse tema tão caro para os jovens e a sociedade em geral”. O promotor de Justiça Áviner Rocha Santos, que atua no Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber), falou sobre a importância do MP trabalhar com a prevenção, pois geralmente “o bullying envolve brincadeiras que podem ser aparentemente inofensivas mas que machucam as pessoas envolvidas”.
Segundo o promotor de Justiça Valmiro Macedo, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Educação (Geduc), “o bullying sempre causou problemas para as crianças e jovens com consequências na vida adulta. É preciso que professores, jovens e as autoridades estejam atentos para evitarmos as consequências danosas como os episódios de violência que vemos frequentemente serem noticiados na mídia”. Ele complementou que em breve, o MP lançará um projeto, onde serão visitadas as escolas para se debater “esse tema tão caro para os jovens e a sociedade em geral”. O promotor de Justiça Áviner Rocha Santos, que atua no Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber), falou sobre a importância do MP trabalhar com a prevenção, pois geralmente “o bullying envolve brincadeiras que podem ser aparentemente inofensivas mas que machucam as pessoas envolvidas”. A campanha foi desenvolvida conjuntamente pelo Centro de Apoio Operacional de Educação (Ceduc), Centro de Apoio Operacional às Crianças e Adolescentes (Caoca) e o Nucciber.


Crédito das fotos: Cecom e Iracema Chequer – Rodtag

“Desde o ano passado, realizamos reuniões com integrantes das escolas públicas e particulares para discutir esse problema que é impulsionado atualmente pelas redes sociais e por uma nova adolescência. Não podemos encarar como uma simples brincadeira”, alertou a promotora de Justiça Cintia Guanaes. Ela falou sobre a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) de 2015, que revelou que pelo menos 20% dos estudantes apontaram a prática recorrente do bullying no ambiente escolar. “Ouvimos várias pessoas que lidam com a questão, além dos próprios adolescentes para entendermos como esse fenômeno acontece. A proposta da campanha é focar a atenção naquele que presenciou a prática do bullying, pois se não existisse plateia ele perderia o seu sentido”, afirmou. A programação do seminário foi aberta pelo professor e neuropsicólogo Alessandro Marimpietri que falou sobre o tema “Adolescentes hipermodernos e sua relação com o bullying’. “A raiz desse problema é a mesma da nossa intolerância e de um novo funcionamento social contemporâneo, em que algumas características da nossa cultura fazem com que o outro vire mais um obstáculo do que um colaborador”, destacou. Ele falou ainda sobre os ‘adolescentes hipermodernos’, onde há o esticamento da adolescência até a fase adulta. “Hoje encontramos adolescentes com 9 anos de idade e também aos 39 anos. Não é a caracterização etária que define esses jovens, e sim um modo de viver a vida extremamente idolatrado na nossa cultura”. Alessandro Marimpietri falou também sobre algumas características que ‘pesam’ sobre a vida dos adolescentes. Uma delas é o hiperativo do sucesso que impõe uma espécie de meritocracia da infância, “onde os pais fazem de tudo para que seus filhos sejam os melhores e ‘dêem’ certo na vida”. Outra característica da modernidade citadas pelo psicólogo é a cultura da velocidade e do instantâneo. “A velocidade diminui as narrativas entre pais e alunos, entre os jovens e entre os professores e alunos. Além disso, temos também a cultura do narcisismo, onde a liberdade individual se impõe acima do direito do outro. Isso gera uma dificuldade enorme de empatia”, ressaltou. Para Alessandro, a principal forma de se combater o bullying é a propagação de uma cultura da não violência. “O ser humano precisa fazer pactos de encantamento para que não se autodestrua”, afirmou. O seminário contou ainda com a palestra ‘Cyberbullying e Cultura de Paz”, que foi ministrada pelo doutor em psicologia Rodrigo Nejm. Numa segunda etapa, a campanha do MP contará com novas peças publicitárias que serão lançadas mensalmente nas redes sociais. Além disso, o MP solicitará que as escolas públicas e particulares discutam com os alunos o que eles entendem sobre bullying, o que resultará na produção de novas peças que serão elaboradas pelos próprios estudantes. Um dos objetivos é elaborar e formatar um banco de dados com boas práticas de enfrentamento do bullying e segurança no uso da internet. Estiveram presentes na mesa de abertura a procuradora-geral de Justiça Ediene Lousado; o coordenador do Geduc, promotor de Justiça Valmiro Macedo; o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), promotor de Justiça Marcos Pontes; o professor Nilton Pitombo, representando a Secretaria Estadual de Educação (SEC); Jaqueline Barros, representando a Secretaria Municipal de Educação; os promotores de Justiça Avner Rocha, Ana Bernardete Melo de Andrade e Cintia Guanaes; Arnaldo Mariano, representando a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Bahia (OAB); Rodrigo Nejm, diretor de Prevenção da Safernet; Maria Augusta Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe); e o psicólogo Alessandro Marimpietri. (mp.ba.gov)

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