O ataque que deixou dois policiais mortos no interior de São Paulo teria sido motivado por uma mudança na escala de trabalho do atirador. A informação foi divulgada pela defesa do sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, que se entregou após o crime e foi preso.
A escala de trabalho dele teria sido mudada tempos antes, coincidindo com os horários da esposa, que também é PM. O casal é de Araçatuba (SP) e estava morando em Salto. Os dois têm filhos, sendo um deles ainda bebê.
A mudança foi feita pelo capitão Josias Justi da Conceição Junior, comandante da PM em Salto, uma das vítimas do crime. “Isso é um dos fatores, existem outros mais complicados. Ele estava passando por situações complicadas dentro do próprio batalhão, que não eram apenas com o capitão e com o sargento, e agiu por impulso decorrente das situações”, afirmou o advogado Rogério Augusto Dini Duarte, sem dar detalhes.
O crime
O ataque aconteceu na manhã da última segunda-feira (15), em Salto, no interior de São Paulo. De acordo com testemunhas, o sargento invadiu e trancou uma sala na 3ª Companhia do 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior (50º BPM/I) e usou um fuzil para atirar nos policiais.
As vítimas foram identificadas como sargento Roberto da Silva e capitão Josias Justi. Este último seria o comandante da PM no município.
O suspeito se entregou e foi detido. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, por meio de nota oficial, que a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo está acompanhando a investigação do crime. (Correio)