A companheira de Patrick Pereira de Souza Pinho, de 22 anos, preso nesta segunda-feira (18) acusado de matar o dentista Lucas Maia no Rio Vermelho, não sabia do crime até que reconheceu o suspeito pelas imagens de câmeras de segurança divulgadas na imprensa, segundo a polícia. Patrick foi preso na manhã de hoje, na casa em que vivia com a companheira e três filhos crianças, no Engenho Velho da Federação.
“Ela (a companheira) tomou conhecimento depois do crime, quando foram divulgadas imagens do crime, aquelas que ele aparece no elevador, ela reconheceu ele, e ele confirmou”, diz a delegada Zaira Pimental, da Delegacia de Homicídios Atlântico.
Essas imagens, e as de outras câmeras de segurança do prédio, também foram vitais para que a polícia chegasse até Patrick. “Fizemos aproximação e confirmamos de fato que se tratava de uma imagem do emblema do Superman. E hoje confirmamos que a imagem era uma tatuagem, definitiva, e é do autor. Com a prisão dele confirmamos, está lá muito nítida, no torso da mão esquerda, que corresponde às imagens do dia do crime, quando ele desce no elevador”, explica a delegada.
O acusado confessou o crime e disse que matou Lucas em meio a uma discussão por conta de uma dívida de R$ 100 que o dentista teria com ele. No meio da briga, os dois teriam começado a se agredir, e ele imobilizou o dentista com um mata leão.
Patrick disse em depoimento que foi Lucas, que ele havia conhecido na rua, na região da Garibaldi, quem o convidou para ir ao apartamento. Segundo informações, os dois usariam drogas juntos e a dívida era por conta disso. “Eles chegaram juntos, subiram o elevador e foram até o apartamento de Lucas. Eles tiveram uma discussão, segundo o interrogado por uma dívida de R$ 100. Entraram em luta corporal e a partir daí ele acabou matando o Lucas”, acrescenta. Depois de dar um mata leão em Lucas, Patrick amarrou suas mãos e pernas.
Depois de matar Lucas, Patrick roubou itens da casa do dentista. O carro foi encontrado abandonado pouco depois do crime. “Relógio e notebook teria vendido em uma feira, uma das televisões teria colocado para vender num aplicativo de vendas. Foi localizado com ele hoje uma televisão, mas não podemos ainda afirmar que é a de Lucas porque não fizemos a perícia”, explica Zaira.