O Superior Tribunal Militar (STM)rejeitou o recurso de Ana Lucia Umbelina Galache de Souza, que havia fraudado documentos para se passar por filha de um tio-avô, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. Ela foi condenada pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sula devolver R$ 3,7 milhões, valor referente à pensão do Exército que recebeu indevidamente por 33 anos.
A Defensoria Pública da União (DPU), que defendia Ana Lúcia, alegou a “ausência de intenção” no crime, argumentando que o registro como filha do militar foi feito quando ela ainda era menor de idade. No entanto, a corte manteve, por unanimidade, a condenação, com base na fraude cometida.
O crime teve início em 1988, quando Ana Lúcia falsificou documentos e assumiu o nome de Ana Lucia Zarate para se passar por filha de Vicente Zarate, seu tio-avô e ex-integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Com os novos documentos, ela obteve pensão do Exército desde 1988 até 2022, totalizando R$ 3,7 milhões em prejuízo aos cofres públicos.