Uma mulher, identificada apenas como Paciente Número 3, que trabalha na área da saúde no Rio de Janeiro (RJ) está sendo considerada a pessoa com o caso mais longo de coronavírus (Covid-19) no mundo após passar cinco meses infectada. Apesar de estar com o vírus por tanto tempo, a brasileira teve apenas sintomas leves da doença no início da infecção.
De acordo com o jornal O Globo, o caso está sendo investigado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os pesquisadores acompanharam e documentaram os 152 dias em que ela esteve com o Sars-CoV-2 e apontam que o vírus tinha capacidade de multiplicar, ou seja, podia infectar outras pessoas.
A mulher é uma profissional de saúde do Rio de Janeiro que adoeceu em março. Ela chegou a ficar três semanas com sintomas leves, sem necessidade de internamento. Depois disso, mesmo sem sintomas, ela continuava com o vírus.
Por ser mais longa persistência de coronavírus já documentada no mundo, os cientistas tentam entender o que aconteceu e evidenciar o papel dos assintomáticos na propagação da pandemia. Ela se submeteu a outros testes, mas os pesquisadores afirmam que se trata da mesma cepa do vírus, não sendo considerado uma reinfecção.
O trabalho é do grupo de cientistas Luciana Costa, Amilcar Tanuri e Teresinha Marta Castineiras, professores do Instituto de Microbiologia, do Instituto de Biologia e da Faculdade de Medicina da UFRJ. (Varela)