Familiares de uma mulher morta após ser picada por uma jararaca em Cachoeira, no Recôncavo, acusam negligência no atendimento. Para a TV Bahia, a família de Simone Sena Serra disse que os casos ocorreram no Hospital Nossa Senhora da Pompeia, em São Félix, cidade vizinha; e no Hospital de Cachoeira. A mulher, de 42 anos, foi picada quando estava na casa dela, na zona rural de Cachoeira. Primeiro, ela foi socorrida para a unidade de saúde de São Félix. No local, os familiares disseram que o atendimento foi negado.
Eles saíram de lá e foram para o Hospital de Cachoeira. No entanto, quando chegaram foram informados que não havia soro antiofídico. A mulher teria tido uma convulsão e quando tentaram nova transferência a vítima não resistiu e veio a óbito. A vítima morreu no último domingo (6). Ainda segundo informações, no ano passado, Simone Serra foi picada também por uma cobra. Ela levada para o Hospital Nossa Senhora da Pompeia, em São Félix, onde se recuperou.
À emissora, o diretor médico do Hospital Nossa Senhora da Pompeia, em São Félix, Odilon Rocha, disse que a unidade de saúde não atendeu Simone porque atendia um caso grave de infarto agudo quando ela chegou no local. Pompeia disse ainda que recomendou a transferência para a Santa Casa de Cachoeira, que tinha o soro antiofídico. Em nota, o Hospital de Cachoeira afirmou que é “mentira” que a paciente não foi medicada com o soro antiofídico e que depois aguardou o momento da regulação.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que a paciente entrou no sistema de regulação no sábado (5), com solicitação de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto. A pasta disse ainda que orientou a administração e soro antiofídico, mas a mulher não resistiu. (BN)