Sonja Semyonova tem 45 anos, mora em Vancouver, no Canadá, e afirma ser profissionalmente uma “guia de autointimidade”, seja lá o que isso signifique. O fato é que ela ganhou as páginas dos jornais de todo o mundo nos últimos dias por ter se assumido “ecossexual” e estar “namorando” uma árvore. O “relacionamento” tem bombado nas redes sociais, onde a mulher expõe todo o seu amor por um grande carvalho.
Em entrevista à imprensa canadense, Sonja afirma sentir uma atração “pela Terra”, uma atração “de amante” mesmo. Durante um de seus passeios pelos arborizados parques da cidade da província da Colúmbia Britânica, a “guia de autointimidade” relatou que observou o grande carvalho plantado no bosque e que “passou a ter atração erótica” por ele. A partir daí, ela diz que as visitas à frondosa árvore se tornaram constantes e um verdadeiro diário de sua “relação” passou a ser publicado nas redes sociais.
Mas vá com calma. Se você acha que a “relação” de Sonja com o carvalho envolve alguma prática sexual, saiba que está enganado. O “namoro” é só mesmo à base de admiração e curtição por ficar juntinho, o que evita que qualquer transeunte acabe por ver o que não queria durante um passeio no parque.
Para justificar sua atração pelo carvalho e sua “ecossexualidade”, Sonja explica que a “estabilidade” e a grandeza da árvore foram peças fundamentais para que ela “se apaixonasse”. Para ela, há similaridade, em termos românticos, entre a atração e o erotismo entre seres humanos e entre as plantas.
“Adoro a sensação de ser pequena e apoiada por algo tão sólido, com a sensação de não ser capaz de cair. Existem semelhanças entre o sexo com as pessoas e o erotismo que os ecossexuais sentem com a natureza, mas não são a mesma coisa”, conta.
Já imaginando que as pessoas vão pensar em relações sexuais de “ecossexuais” com a natureza, a mulher por fim diz que uma coisa não tem nada a ver com a outra, em que pese a “relação de amor e de atração” dos humanos com essa orientação.
“Um grande equívoco é que ecossexualidade significa sexo entre as pessoas e a natureza. A ecossexualidade é uma forma diferente de explorar o erótico. Assistir à mudança das estações é para mim um ato erótico. Você sai da morte no inverno e então tudo ganha vida na primavera e acasala”, finaliza Sonja. (Revista Forúm)