“Eu tenho extrema tranquilidade de dizer que não votei em Chico de Dega, como me sinto muito bem representado pelo mesmo”, declarou Uberdan Cardoso após votar em Luciano Cuiuba (PSD) a presidência da Casa Legislativa contra presidente eleito da Câmara, Francisco Damasceno, o Chico de Dega (DEM) com 9 votos (reveja aqui).
SOBRE CHICO:
Durante a sessão, o vereador que era líder do ex-prefeito Rogério Andrade na Casa Legislativa, pontuou que é importante defender um posicionamento e respeitar as ideias dos seus colegas, “Chico foi um dos amigos que eu construir na vida política. A gente consegue enxergar que é importante você pensar diferente, ter posicionamento, relação de afeto, mas para isso não precisa pensar igual”, afirmou.
LEALDADE:
Uberdan aproveitou para falar sobre o ex-prefeito Humberto Leite, que é encabeçado como o principal líder do grupo Beija-Flor, “foi dito aqui por alguém que me antecedeu, que Chico de Dega tem como grande marco o fato de ter sustentado um lado. Isso é um mérito, pois nem todo mundo suporta estar fora do poder. Chico de Dega viveu em um deserto durante 4 anos sozinho segurando a bandeira do grupo. O nome disso é lealdade, o nome disso é respeito. Eu senti falta aqui na Câmara, de alguém agradecer ao ex-prefeito Humberto Leite (DEM). Durante a manutenção viva de um grupo importante da cidade, Beija-Flor, aliado ao novo grupo capitaneado por Genival Deolino, em nenhum lugar ninguém ouviu falar e nem me ouvirá tratar com indignidade o prefeito Genival Deolino. Entretanto, eu tenho claro o meu posicionamento, eu sou oposição ao governo Genival”, falou.
“OPOSIÇÃO VOADORA”:
O vereador aproveitou a oportunidade para criticar a decisão de alguns políticos que não aguentam ficar sem o poder da máquina pública, “é melhor ser uma oposição que vai de voadora, mas vai de frente [sic], do que alguém vai e lhe apunhala pelas costas. Eu tenho lado, de mim podem esperar convicção e debate de alto nível. A gente precisa debater a cidade do futuro. Essa é uma casa política, se acham que aqui é paz o tempo todo, embora seja um grande teatro, este é um palco de guerra as vezes e isso é a democracia, pois em que parlamento isso não é assim? Não vamos esperar que ninguém aqui saia na mão [sic], mas o debate no campo da política, franco, é da democracia. Tanto para defender, quanto para combater, temos que qualificar o debate e não somente chegar aqui e jogar palavras ao vento, achar que todo mundo é errado e eu sou o justiceiro. Aqui não tem justiceiro, aqui tem vereador e todos no mesmo patamar. Não se serve a dois senhores, temos que ter lado”, expôs.
“VEREADOR COM O RÓTULO DE VENDIDO”:
Uberdan finalizou falando sobre a imagem do poder legislativo, que tem sido visto pela população com o estereótipo relacionado a corrupção, “o vereador Délcio me alertou para uma coisa, essa questão do vereador com rotulo de vendido. O homem público que se respeita, tem que fazer tudo para tirar isso dele. Não dá para agradar mil eleitores, você pode até conseguir e se reeleger a vida toda. Mas numa cidade de 101 mil eleitores, você agradou aqueles mil, mas vai ter 100 mil dizendo que você se vendeu. É bom ter cuidado com a imagem, porque a imagem ruim de um político se escora em outro. A gente já entra com o status de ladrão e é muito difícil provar que não é, mesmo não sendo”, finalizou.
Reportagem: Voz da Bahia