O pastor Tiago Rosas, que atua na Assembleia de Deus em Campina Grande (PB) e usa as redes sociais para difundir estratégias voltadas à Escola Bíblica Dominical (EBD), fez uma publicação afirmando que nem todas as músicas gospel servem para o culto na igreja.
Às vésperas de mais um aniversário da Reforma Protestante, evento que colocou o louvor congregacional em destaque na liturgia das igrejas evangélicas, o pastor Tiago Rosas afirmou que os cristãos do século 21 precisam aprender a diferença entre o que é adequado para o culto a Deus e o que não é.
“Cantores e líderes de louvor precisam discernir a diferença entre louvor congregacional (aquele que é apropriado para a congregação inteira oferecer em adoração a Deus e para mútuo encorajamento na fé – Cl 3.16), e a música gospel de auto-homenagem ou de exaltação aos homens, como a que ofereceram para Davi, comparando-o com Saul e incitando-lhe a inveja (1Sm 18.7)”, escreveu o pastor em um post no Instagram.
De maneira didática, Rosas diz que cantar “‘só quem tem raiz suporta o que eu suportei’ exalta o cantor como alguém forte, mas não exalta a Deus que o fortaleceu, e ainda deixa uma pitada de provocação aos outros: vocês não têm raízes como eu (eu, eu, eu) tenho”, acrescentou, apontando o antropocentrismo da letra.
“Esse tipo de música para autogratificação pode dar aquela animada enquanto você arruma a casa ou dirige seu carro. Ok. Mas definitivamente não é louvor que atenda aos propósitos do culto congregacional”, explicou o pastor. “Louvar, dizia C. S. Lewis, é cantar a beleza do Criador”.
“O crente maduro aprendeu a se alegrar louvando a Jesus (Sl 100; Fp 4.4). O crente menino se acostumou a se alegrar só recebendo elogios para si”, reiterou, apontando a letra da música Bondade de Deus, de Isaías Saad, como um exemplo de louvor congregacional: “Uma verdadeira poesia de exaltação ao Único que é digno”.
“Te amo, Deus, tua graça nunca falha
Todos os dias eu estou em tuas mãos
Desde quando me levanto até eu me deitar
Eu cantarei da bondade de Deus
És fiel em todo tempo
Em todo tempo tu és tão, tão bom
Com todo fôlego que tenho
Eu cantarei da bondade de Deus…”