Desde a antiguidade, o sal é um item presente na maioria dos lares. Embora tenha sido utilizado até como mercadoria de troca no passado, as principais funções do tempero se mantêm até hoje — conservar e realçar o sabor dos alimentos. Isso só é possível graças à combinação de dois mineiras essenciais: sódio e cloreto.
Embora, o sódio seja um componente vital para manter as funções nervosa e muscular e também para garantir o equilíbrio dos fluídos do corpo, quando consumido de forma exagerada pode trazer graves consequências para a saúde. Para tentar driblar a fama de vilão, diversos tipos de sal surgiram como uma promessa de causar menos impacto ao organismo.
Basta dar uma voltinha nos supermercados para você ver que tem à disposição o sal refinado, marinho, rosa, kosher, iodado e até light. Mas qual deles é o melhor? Para resolver essa questão, a coluna Claudia Meireles conversou com o nutricionista Leonardo Dias, que revelou se é possível escolher o mais saudável.
Para Leonardo, o sal mais indicado é o iodado, uma vez que previne a deficiência de iodo do corpo, um mineral essencial para o bom funcionamento da tireoide. Apesar de destacar um tipo, o especialista reflete que, ao invés de dar preferência a um sal em específico, o ideal é manter o controle no consumo.
“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é que a ingestão de sal não ultrapasse 5 gramas por dia, o que corresponde a uma colher de chá rasa. Esse valor inclui tanto o sal adicionado nos alimentos quanto aquele presente de forma natural nos produtos industrializados e processados”, explica.
A ideia de limitar o consumo é justamente para prevenir os graves problemas de saúde atrelados ao excesso do sódio no organismo. Um dos principais prejuízos citados pelo especialista é o risco de hipertensão.
Além de reduzir a quantidade, Leonardo indica criar estratégias para diminuir o consumo, usando, por exemplo, substitutos naturais que possam garantir sabor às receitas. “Eu recomendo usar ervas frescas como manjericão, alecrim e salsinha, e especiarias como cúrcuma e pimenta”, sugere.
Para oferecer ainda mais gosto aos alimentos, o nutricionista propõe utilizar alho, cebola e suco de limão no preparo. “Outra dica é usar alimentos ricos em umami (aminoácido glutamato), como tomates, cogumelos e algas, que intensificam o sabor dos pratos sem a necessidade de sal adicional”, comenta.