Na tarde desta sexta-feira (16), a Priscila Oliveira, diretora da vigilância epidemiológica da secretaria saúde e o Joan Paulo, especialista em saúde da família de Santo Antônio de Jesus, estiveram em entrevista ao Voz da Bahia para comentar sobre o alto número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya na cidade e alertar sobre a vacina da ‘influenza’.
Priscila explica que, como é sabido por todos, que a Zika, Dengue e Chikungunya são fases, “principalmente nesses meses de maio, junho e julho já vai tendo um declínio na queda de casos, mas abril e maio tivemos uma incidência muito alta número de casos de Chikungunya no nosso município. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) super lotadas, as unidades de saúde idem, o HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus) sem vagas para esses casos. Pedimos mais uma vez encarecidamente aos nossos munícipes que se conscientizem, principalmente com relação à água parada dentro de casa, que deem uma limpeza nos seus quintais, porque somente os nossos agentes de combate a endemias 74, 81 ao todo, e tem alguns que estão em desvio de função devido a problemas de saúde, e são 74 agentes para o município de 103 mil habitantes, infelizmente, eles não dão contas de todas as áreas, não temos cobertura dessas áreas no nosso município então cabe aos nossos munícipes ter a conscientização de nos ajudar, de limpar seus quintais, não deixar água parada em vasos de plantas limpar seus tanques e quando os agentes de combate a endemia chegar aí nas suas casas, por gentileza, deixarem eles adentrarem, porque eles têm uma grande dificuldade é nesse retorno, tem sido dificultoso e solicitamos mais uma vez, encarecidamente que a população se conscientize e nos ajudem”, coloca.
A diretora ainda acrescenta ao Voz da Bahia que, se você tem sintomas de dengue Zika e Chikungunya que procure a unidade de saúde, um posto de saúde para que possa estar realizando a notificação compulsória, “por que, sem a notificação compulsória a gente enquanto vigilância epidemiológica do município temos condições de desenvolver nossas estratégias de saúde. Nossos agentes de combate a endemias estão realizando os bloqueios por bairros, temos feito tudo através de estratégias e tem protocolos a serem seguidos, os bloqueios são realizados naqueles bairros que tem mais incidência de número e estão notificados. O município em si não tem o carro fumacê, este veículo é disponibilizado pelo próprio Governo do Estado e o carro fumacê só vem para a cidade em casos extremos, mesmo porque traz grandes danos ambientais, eles matam as joaninhas que são benéficas ao meio ambiente e outros insetos também que são benéficos a nossa flora”, frisa.
Joan aponta inicialmente que não temos nenhum caso de óbito registrado por dengue, zika e chikungunya no município, “mas penso que precisamos ser mais duros com todo mundo, porque isso não é uma coisa recente. Eu já tenho mais de 20 anos em saúde pública e em todos esses anos, neste mesmo período é a mesma coisa, todos os anos recomendamos a mesma coisa, o cuidado que cada um deve com a sua casa, com seus quintais e sabemos que às vezes possa ser que tenha um vizinho outro que não cuide do seu espaço e acabe prejudicando os demais, mas a responsabilidade é de cada um. O carro fumacê, por mais de toda a comoção que é feita pela população de que não há, e que é necessário o carro fumacê, ele vai combater o mosquito, mas a larva que está lá que vai se eclodir no outro dia, não resolver. Então, é importante que cada um cuide do seu espaço, porque senão no próximo ano em 2024 nesse mesmo período vamos, está dando a mesma entrevista falando de sempre das mesmas coisas”, informa.
Priscila ainda conta que, com relação aos terrenos baldios, a vigilância epidemiológica e sanitária têm consciência destes, “e nossos agentes de combate a endemias recebem essas denúncias e levam para gente essas denúncias para secretaria de saúde. As denúncias são apuradas e muitas vezes a nossa dificuldade enquanto vigilância sanitária é identificar esses donos de terrenos. Por que muitas vezes esses abandonam essas casas e vão morar em outros municípios. Então, nossa grande dificuldade é justamente em adentrar a esses Imóveis. O que fazemos são as expressões que estão sendo feitas, não deixamos de fazer, e com relação às notificações também a vigilância sanitária emite as notificações para esses donos de imóveis”, coloca.
Joan finaliza acrescentando que esse papel da conscientização de cobrar a população, o estabelecimento, “não existe estratégia que a secretaria de saúde passo tomar de forma individual, tem dados epidemiológicos que subsidiam isso. Não são dados só de ouvir falar, acho, são dados que tem que ser documentados para que possamos justificar posteriormente a aplicação desses recursos públicos”, pontua.Ao fim, Priscila alerta com relação à ‘influenza’, “a vacina está aí, a campanha vai até 30 de agosto irá finalizar agora em junho, mas o Ministério da Saúde prorrogou. Crianças a partir de 6 meses já pode tomar essa vacina e toda população, contra a ‘influenza’ que está em todas as unidades de saúde disponíveis. Pedimos a população encarecidamente e aos pais que levem suas crianças para se vacinar, que se vacinem. Elas salvam vidas e estão disponíveis, então não deixe de se vacinar”, finaliza.
Reportagem: Voz da Bahia