O Centro Santo Dias de Direitos Humanos, órgão de defesa da pessoa humana, e a Organização não Governamental (ONG) Educafro entraram com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo contra a rede atacadista Assaí após um homem negro ter sido obrigado a tirar a roupa para provar que não tinha furtado produtos de uma loja de Limeira, no interior de São Paulo.
O processo foi protocolado nesta quarta-feira (11) e os órgãos pedem que a empresa seja condenada por dano moral e pague R$ 100 milhões.
Na noite da última sexta-feira, o metalúrgico Luiz Carlos da Silva, de 56 anos, foi abordado por dois seguranças ao sair do supermercado. Em relato à Polícia Civil, ele conta que teve de tirar a camiseta e mostrar a cueca para os seguranças para comprovar que estava saindo do mercado sem levar nada escondido.
Silva disse ter saído do mercado sem passar pelo caixa porque foi apenas verificar os preços de produtos. A ideia era voltar no dia seguinte. A abordagem ao homem teve diversas testemunhas. Muitos clientes do supermercado presenciaram e filmaram a cena. O homem começou a chorar. Para o metalúrgico, a abordagem foi racista. (Isto é)