Para algum outro lugar do globo em que a maré está alta. Imagine que a Terra é como um frango girando no forno da padaria – e que a Lua é o vira-lata caramelo olhando do lado de fora.
Tanto o peito quanto as costas do frango passam sob os olhos do cãozinho faminto várias vezes. Do mesmo jeito, pontos diferentes da superfície do globo ficam expostos à Lua conforme a Terra gira.
O que a gravidade da Lua faz é forçar o nível da água a subir na região do oceano que estiver diretamente apontada para o satélite (e também no lado diametralmente oposto do planeta, por motivos que a metáfora do frango não dá conta de explicar).
Assim, quando a maré está alta em Salvador, ela fica alta no Japão também, mas os litorais da África e da Europa ficam com a maré baixa.
Os contornos dos continentes evidentemente fazem com que as marés se desviem um pouco desse padrão idealizado: a melhor forma de observar o fenômeno em ação sem interferência seria um planeta uniformemente coberto por água.
No vídeo abaixo, você vê uma mapa das mudanças nas marés em função do tempo.
Por Bruno Vaiano – Superinteressante