Em entrevista ao Voz da Bahia nesta quinta-feira (27), o pastor Reinaldo Barreto, responsável pelo Centro de Recuperação APRISCO em Santo Antônio de Jesus, comentou pela sobre o caso do jovem José Davi, que morreu após ser internado na instituição.
José Davi foi admitido no Centro APRISCO na terça-feira (18), por volta das 13h30, e, três horas depois, foi encontrado morto. Uma das versões, é de que o jovem tirou a própria vida, sendo encaminhado ao HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus), onde foi atestado o óbito.
A família de Davi contestou essa informação de suicídio. O pastor Reinaldo expressou solidariedade à família e afirmou que a morte de Davi foi um “baque” para todos na instituição. Contudo, ele negou as acusações e reiterou que a versão da clínica está documentada e pode ser comprovada, Marcus, estamos aqui apurando tudo, o Aprisco não esconde nada, o que queremos, é a verdade. A dor da família é a nossa dor também”, observou.
“Temos todos os registros, vídeos e fotos que pediram. Não negamos nada”, afirmou, ressaltando que o Centro está pronto para fornecer as provas necessárias para buscar esclarecer o ocorrido.
Reinaldo detalhou ainda que, no momento do incidente, Davi estava sendo acompanhado por uma enfermeira uma técnica de enfermagem, um educador social e um fisioterapeuta. Ele também destacou que, quando a situação foi percebida, o educador social tentou prestar os primeiros socorros, afirmando que Davi ainda apresentava sinais vitais na hora em que foi encontrado.
“No dia do acontecimento minha pressão foi lá para cima, tive que ir para UPA por causa desta dor. O Aprisco tem 18 anos de existência, nunca imaginávamos uma situação destas. Foi uma fatalidade. Estou de cabeça erguida para investigar todas as verdades deste caso. Justiça só acontece se tiver a verdade e o que queremos, é a apuração do que ocorreu naquele dia fico a disposição”, desabafou o Pastor Reinaldo.
O pastor também respondeu às alegações de que Davi teria se suicidado por enforcamento, dizendo que não estava presente no momento e que, para esclarecimentos definitivos, apenas a equipe médica poderia explicar com detalhes o que ocorreu, “o fisioterapeuta, a enfermeira, a técnica de enfermagem, o educador social, estavam lá no momento e deram todo o suporte deste acontecimento. Tudo será apurado”, explicou.
Sobre as suspeitas de medicação excessiva, Reinaldo negou que o jovem tivesse recebido qualquer tipo de medicamento. “Não há medicação envolvida. Ele não tomava remédio”, concluiu.