O Ministério Público estadual recebeu na última quinta-feira, dia 4, a visita do professor Quintino Lopes, pesquisador da Universidade de Évora, em Portugal. Lopes está em Salvador para investigar a história do antigo Laboratório de Fonética da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que operava no prédio atualmente ocupado pelo MP baiano. Ele foi recebido pelo promotor de Justiça Alan Cedraz, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac).

Implantado no final da década de 1950, o Laboratório de Fonética da Ufba foi o primeiro laboratório de Fonética Experimental da América do Sul. Originalmente parte das instalações da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, funcionou no local até ser desativado em 1986. Em 1994, o MP se instalou no espaço e continua operando lá até hoje.

A visita de Quintino Lopes contou com a presença do promotor de Justiça Alan Cedraz, do coordenador administrativo da sede de Nazaré, Josias Marques Neto, do historiador Miguel Soares e do arquiteto Diogo Vasconcellos, todos do Nudephac. Também participaram do encontro a professora Silvana Ribeiro, titular do Instituto de Letras da Ufba, as professoras eméritas Célia Marques Telles e Jacyra Andrade Mota do Instituto de Letras da Ufba, e Josane Moreira de Oliveira, professora plena da Universidade Estadual de Feira de Santana e ex-aluna do Instituto de Letras da Ufba.

Miguel Soares destacou a importância da visita para compreender a história do local ocupado pelo MP. “Em 2024 completam-se 30 anos que o Ministério Público ocupa esta edificação e aqui temos testemunhas importantes sobre a história desse espaço, que conta um pouco da história da Bahia. É muito importante conhecer um pouco dessa história”, ressaltou.

A pesquisa de Quintino Lopes visa resgatar a memória e a contribuição histórica do Laboratório de Fonética da Ufba, um marco na área de estudos linguísticos na América do Sul, e sua conexão com o atual edifício ocupado pelo Ministério Público da Bahia.

Redator: Daniel Farias / MP