A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) um plano de investimento de R$ 6 bilhões no setor de fertilizantes ao longo dos próximos cinco anos. Parte desse montante, cerca de R$ 870 milhões, será destinada à reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), localizada no Paraná. A expectativa é que a unidade volte a operar em maio de 2025, antecipando a data inicialmente prevista.

O anúncio foi feito durante um evento em Araucária, no Paraná, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, além de diretores, conselheiros, ministros, parlamentares e representantes de sindicatos de petroleiros.

Durante o evento, Lula destacou a importância estratégica da Petrobras para o Brasil: “A Petrobras jamais vai acabar, porque quando não tiver petróleo, ela vai se especializar em outro tipo de energia. O Brasil será campeão do mundo em biocombustíveis, etanol de quarta geração. A Petrobras não é uma indústria de petróleo, ela é uma indústria de desenvolvimento e inovação deste país.”

A Ansa, quando plenamente operacional, terá capacidade de produzir 720 mil toneladas anuais de ureia, o que corresponde a 8% do mercado nacional. Além disso, a fábrica será capaz de produzir 475 mil toneladas de amônia e 450 mil m³ do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32) por ano.

A retomada das operações da Ansa também inclui a reintegração de mais de 200 ex-funcionários demitidos em 2020, quando a unidade foi desativada. Essa reintegração ocorreu após um acordo mediado pelo Ministério Público do Trabalho e homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A expectativa é que, durante o processo de reativação, mais de dois mil empregos sejam gerados.

Além dos investimentos em fertilizantes, a Petrobras anunciou que destinará R$ 3,2 bilhões à manutenção e novos projetos na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), também no Paraná. Um dos principais projetos é a implementação de uma nova unidade de hidrotratamento de médios (HDT), que visa aumentar a produção de diesel S10. A Repar atualmente responde por cerca de 15% da produção nacional de derivados de petróleo e, com os novos investimentos, espera-se a geração de aproximadamente 27 mil empregos, entre contratações diretas e indiretas.