A Petrobras confirmou que vai manter os processos de venda de ativos com contratos já assinados. No começo do mês, o Ministério de Minas e Energia requereu a suspensão destes negócios para reavaliação no Conselho Nacional de Política Energética. Na nota, a petrolífera não específica quais empreendimentos já chegaram à fase de formulação de contratos.
A meta, durante a gestão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, era se desfazer de oito refinarias, três das quais já foram desestatizadas, como a baiana Rlam, atual Mataripe.
“Procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos. Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, destacou a Petrobras, na resposta ao ofício do ministério.
Shell
A estatal informou ainda que o presidente da companhia, Jean Paul Prates, e o CEO da Shell, Wael Sawan, assinaram na sexta-feira (17), em Houston (EUA), um memorando de entendimentos. As companhias vão prospectar potenciais oportunidades de negócio, compartilhando experiências e melhores práticas em redução de emissões de carbono e iniciativas socioambientais. O contrato tem duração de cinco anos.
O acordo é não vinculante e foca em potenciais oportunidades de exploração dentro e fora do pré-sal, incluindo a Margem Equatorial. Também contempla o ramo de transição energética, com ênfase em renováveis e Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS).
“Contar com parceiros como a Shell é fundamental para os planos futuros da Petrobras, pois as parcerias conferem solidez e robustez aos projetos conjuntos em áreas que a empresa está buscando diversificação rentável, como renováveis e hidrogênio. Vamos buscar entendimento com os maiores players para seguir nessa jornada da Petrobras por uma transição energética justa”, destacou Prates. (bahia.ba)