Petróleo fecha em baixa, com impacto do coronavírus sobre a demanda em foco

Foto : Agência Brasil

Os contratos futuros de petróleo fecharam em território negativo, nesta quarta-feira, 26. O WTI teve o fechamento mais baixo desde janeiro de 2019, para o contrato mais negociado, com investidores novamente atentos ao coronavírus e seus desdobramentos na economia global.

O petróleo WTI para abril fechou em queda de 2,34%, a US$ 48,73 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio, contrato mais líquido, recuou 2,67%, a US$ 52,81 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A queda foi a quarta consecutiva para os dois contratos. Ao longo do pregão, a commodity chegou a oscilar em território positivo, logo após a divulgação do relatório semanal de estoques nos EUA do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

O DoE informou que os estoques de petróleo dos EUA cresceram 452 mil barris na última semana, abaixo da previsão de avanço de 2,1 milhões de barris dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Já os estoques de gasolina e destilados recuaram acima do esperado pelos economistas.

Na parte da tarde, o petróleo voltou a se firmar em queda, atingindo mínimas no dia e com os dois contratos chegando a cair mais de 3%.

O óleo acompanhou um movimento de piora por apetite por risco em geral nos mercados globais, mas também diante das dúvidas sobre a demanda pela commodity.

O Julius Baer afirma em comunicado a clientes que o petróleo tem sofrido com a expectativa de enfraquecimento da demanda e também com sinais de que isso já acontece, em números reportados recentemente.

Em outro relatório, a Oxford Economics aponta que tem havido “quedas consideráveis” em preços de commodities importantes, como o cobre e o petróleo, diante dos impactos do coronavírus. (Isto é)

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