Para contornar esta situação, as companhias estão adotando um modelo de negócios conhecido como verticalização
Um estudo realizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indica que em 2021, as despesas com clientes representaram 86% dos R$ 286 bilhões de faturamento das operadoras de saúde brasileiras.
Para a Hapvida, o maior plano de saúde do país em número de usuários pagantes, sobrou R$ 500 milhões — ou cerca de 5% — dos R$ 9,8 bilhões de faturamento registrados no ano passado. No caso da NotreDame Intermédica, o plano de saúde registrou prejuízo de R$ 171 milhões no mesmo período.
Com as despesas consumindo uma fatia larga da receita, muitas dessas companhias estão adotando um modelo de negócios conhecido como verticalização.
Sustentabilidade financeira
A verticalização é o processo dessas operadoras de saúde de adquirir seus próprios hospitais, laboratórios e outras instituições de saúde. Ou seja: em vez de apenas pagar os boletos que recebe dos clientes via convênio médico, agora as empresas estão buscando também ser donas desses negócios.
Assim, o plano de saúde passa a ter controle sobre os próprios gastos — antes terceirizados — e, teoricamente, pode enxugá-los para manter a sustentabilidade financeira, com o equilíbrio das contas. (bahia.ba)