Porque o território do Rio Grande do Norte era parte de Pernambuco em 1700, época em que Portugal deu a posse do arquipélago ao estado (na época, capitania).
Américo Vespúcio encontrou as ilhas paradisíacas em 1503 numa expedição financiada pelo empresário judeu português Fernão de Loronha – com “L”, mesmo –, um explorador de pau-brasil que tomou posse das ilhas no modelo de capitania hereditária.
Só que Loronha virou dono apenas no papel: nunca usufruiu do local. Franceses, holandeses, ingleses etc. invadiram as ilhas abandonadas diversas vezes até 1700, quando Pernambuco – rico e influente graças à cana-de-açúcar – cobrou de Portugal a necessidade de fortificar o arquipélago. Portugal falou “toma que o filho é teu”.
Fernando de Noronha abrigou uma prisão no século 19, e na Segunda Guerra passou para as mãos do governo federal. Voltou para Pernambuco após a Ditadura, em 1988, apesar de o Rio Grande do Norte já existir.
Fontes: IBGE e “Fernando de Noronha: uma ilha-presídio nos trópicos (1833-1894)”, de Gláucia Tomaz de Aquino Pessoa.
Por Luisa Costa / Superinteressante