Pouso de emergência de voo da Azul em Salvador gera pânico e revolta entre passageiros

Testemunhas descrevem momentos de tensão e falta de assistência após aterrissagem inesperada.

Passageiros da aeronave aguardando informações. | Foto: Shirley Stolze/Ag A Tarde

Na manhã desta segunda-feira, 30, um voo da Azul que partiu do Aeroporto Internacional do Recife em direção ao Galeão, no Rio de Janeiro, fez um pouso de emergência em Salvador, gerando momentos de pânico a bordo. O jornalista Thalles Mascarenhas descreveu a situação como “extremamente traumática”, com uma sensação de “morte pairando sobre nós”.

Antes do aviso oficial, os passageiros notaram anormalidades, como barulhos estranhos no ar-condicionado e luzes piscando desordenadamente. Miguel Alves, produtor musical do Grupo Menos é Mais, relatou que foram instruídos a assumir a posição de “brace”, intensificando o medo entre todos. Após o pouso, a insatisfação cresceu, pois os passageiros receberam apenas um voucher para alimentação e foram deixados sem informações, gerando revolta. “Estamos literalmente largados aqui”, lamentou Thalles.

A indignação aumentou quando a Azul negou a ocorrência de um pouso de emergência, contradizendo o aviso da aeromoça, segundo áudio obtido pelo Portal A Tarde. Essa divergência gerou frustração, com passageiros se sentindo desconsiderados pela companhia. Além disso, alguns notaram uma rachadura na asa do avião após desembarcarem, mas não há informações sobre qualquer ligação com o incidente.

A Azul reiterou que não houve pouso de emergência, afirmando que “o pouso aconteceu em segurança”. Inicialmente, o Salvador Bahia Airport classificou o incidente como “pouso de emergência”, mas posteriormente alterou a terminologia para “pouso de prioridade”. O episódio levanta preocupações sobre segurança e atendimento ao cliente em situações críticas, deixando muitos ansiosos por respostas e melhorias nos protocolos da companhia.

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