Prefeita de Praia Grande minimiza aglomeração provocada por Bolsonaro

Imagem: Reprodução/Redes Sociais

A nova prefeita de Praia Grande (SP), Raquel Chini (PSDB), minimizou a aglomeração promovida por Jair Bolsonaro (sem partido) ao nadar até uma multidão que se encontrava na praia da cidade. Ela tomou posse nesta sexta-feira (1°).

“A gente tem outras aglomerações que ninguém comenta. Se você entrar nesses bailes que tem em várias cidades, bailes funks, que não parou nunca, eles continuam, ninguém quer enfrentar isso. Aglomerações imensas, literalmente. Pessoas bebendo, dançando, em ambiente fechado, galpão”, disse ela em entrevista à coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.

“A gente está numa praia, né? Não sou cientista, não sou médica para avaliar como se contamina na água salgada, se contamina, o que acontece se tem muita ou pouca gente. Acredito que se tiver contato com uma pessoa que esteja contaminada eu estou correndo risco, independentemente de estar com 10, 15, 20 ou 100. Uma pessoa basta para a gente já ter contato, se o contato for próximo”, continuou ela, que disse não ter visto as imagens de Bolsonaro.

A aglomeração provocada por Bolsonaro ocorreu no mesmo dia em que o Brasil ultrapassou a marca dos 195 mil mortos por Covid-19 e passou a somar 7.698.862 casos da doença.

Especialistas têm afirmado que em situações similares à promovida pelo presidente o principal problema está na concentração de pessoas sem distanciamento nem máscara, independentemente de piscina, rio ou mar.

Vestindo uma camisa do Santos, o presidente decidiu saltar do barco e mergulhar no mar, acompanhado de seguranças. Bolsonaro nadou em direção à praia e, ainda dentro d’água, logo foi cercado por uma multidão sem máscara aos gritos de “mito”.

Após alguns minutos de aglomeração no mar, o presidente nadou de volta até o barco, de onde acenou aos banhistas. Antes de mergulhar, durante o passeio, Bolsonaro também acenou e ouviu gritos e assobios de apoio. (bahia.ba)

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