O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, do partido Democrata, comemorou o cancelamento da viagem que o presidente Jair Bolsonaro faria à cidade para ser homenageado.
“Jair Bolsonaro aprendeu do jeito difícil que nova-iorquinos não fecham os olhos para a opressão. Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso – valentões geralmente não aguentam um soco. Seu ódio não é bem-vindo aqui”, disse em seu Twitter.
Reprodução/Twitter
O jantar organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA no qual Bolsonaro seria homenageado como “Pessoa do Ano” estava previsto para 14 de maio. A viagem seria de 13 e 15 de maio, pois também incluiria uma passagem por Miami, também cancelada.
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que o cancelamento foi devido à “ideologização” do evento.
“Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, afirmou.
HOMENAGEM SOFREU RESISTÊNCIA
Uma série de episódios demonstraram a oposição ao evento. Pelo menos 3 empresas patrocinadoras retiraram seus apoios ao saber da participação de Bolsonaro.
Em 13 de abril, Blasio já havia dito que o presidente brasileiro não era bem-vindo à cidade. O chamou de racista, homofóbico e destrutivo. “Ele é 1 ser humano muito perigoso”, declarou.
No dia 15 de abril, o Museu Americano de História Natural de Nova York, onde inicialmente a solenidade seria realizada, desistiu de sediar o jantar em resposta à pressão de ativistas e funcionários da instituição.
Poder 360º